Manifestantes bloqueiam a rodovia Prof. Zeferino Vaz por mais de três horas

Um grupo composto por cerca de cinquenta manifestantes bloqueou a rodovia Professor Zeferino Vaz, SP 332, na manhã de quinta-feira (19), por volta das 6h.

O grupo, em sua maioria trabalhadores de áreas relacionadas à refinaria, pede que as autoridades adotem medidas para o fortalecimento da mão de obra local, dando preferência para trabalhadores moradores de Cosmópolis.

A manifestação se concentrou na pista Sul, que liga Cosmópolis a Paulínia, na altura do trevo de acesso ao Bairro Saltinho.

Do lado da pista, fora do acostamento, o grupo tinha preparado diversos pneus de carros, para que fosse ateado fogo, auxiliando na manifestação e na paralisação da pista, no entanto, eles não foram utilizados.

Segundo Adriano Luiz de França, soldador, que estava falando em nome dos manifestantes, “a nossa reivindicação é simples: mão de obra local. Nós somos pais de família, desempregados, com filho em casa e parados há seis, sete meses.”

IMG_2261

“a nossa reivindicação é simples: mão de obra local. Nós somos pais de família, desempregados, com filho em casa e parados há seis, sete meses.”

Outro grupo de manifestantes também parou a rodovia na altura da Replan, em Paulínia, interrompendo a pista sentido norte, em direção a Cosmópolis.

Uma fila de aproximadamente três quilômetros, composta por carros, motos e caminhões, se formou na rodovia.

Funcionários da Rota das Bandeiras, concessionária que administra a rodovia, sinalizaram o trânsito no trevo que dá acesso à Usina, desviando o fluxo de carros por lá. Diversos motoristas utilizaram a estrada vicinal, que passa pela ‘Ponte de Ferro’, para conseguir prosseguir viagem.

Policiais Militares e também Policiais Militares Rodoviários chegaram ao local da manifestação para negociar com o grupo e pedir a liberação da rodovia.

Diversas pessoas que estavam paradas devido ao protesto achavam justa a manifestação, porém, discordavam da paralisação da rodovia.

O Ajudante de Distribuição, Antonio Fernandes, morador de Artur Nogueira, que também estava parado, aguardando o fim da manifestação para seguir para o trabalho, declarou que,

 

IMG_2256

Ajudante de Distribuição, Antonio Fernandes, morador de Artur Nogueira, “fica ruim, né. Para quem está empregado, atrapalha um pouco. Já avisei na empresa, que está tendo protesto, mas acaba atrapalhando o dia da gente”.

 

Em determinado momento, alguns motoristas, que também estavam parados, desceram dos veículos, foram em direção aos manifestantes e um princípio de tumulto acabou acontecendo. Eles alegavam que tinham horário marcado para carregar os veículos e que o movimento estaria prejudicando quem estava tentando trabalhar.

Em seguida, os Policiais Rodoviários intervieram e separaram os motoristas do grupo de manifestantes.

Edenilson Cardelli, que trabalha na área de engenharia, na parte de montagem, em uma empresa que está sendo construída às margens da rodovia, disse que embora estivesse parado, não sabia qual o motivo da manifestação. Segundo ele, “a gente precisa entender o que eles estão reivindicando. Na atual situação que está hoje, fica complicado; quem está empregado não está conseguindo ir trabalhar. No caso da empresa que eu trabalho, mais de 80% do efetivo já são de Cosmópolis”. Edenilson estava parado na rodovia com outros três trabalhadores.

IMG_2257

Edenilson Cardelli, que trabalha na área de engenharia, na parte de montagem, “a gente precisa entender o que eles estão reivindicando. Na atual situação que está hoje, fica complicado; quem está empregado não está conseguindo ir trabalhar. No caso da empresa que eu trabalho, mais de 80% do efetivo já são de Cosmópolis”

Por volta das 9h, a manifestação liberou o trânsito em Paulínia.

Policiais Rodoviários reuniram o grupo e informaram que seria necessária a desobstrução da pista também em Cosmópolis.

Alguns policiais do TOR (Tático Operacional Rodoviário) chegaram a se preparar com escudos, capacetes e bombas, caso fosse necessário o uso de força para a desobstrução.

A princípio, houve uma resistência do grupo, que não queria liberar a pista sem que um representante da Petrobras comparecesse ao local.

Porém, após eles se reunirem, por volta das 9h20, o grupo liberou a pista.