Sistema ABS é item obrigatório em veículos a partir de 2015

O freio a disco funciona a partir de um sistema hidráulico, que leva ao travamento completo das rodas. O resultado é que o carro segue “arrastado” pela inércia, até parar totalmente. Já o ABS (Anti-lock Breaking System) impede o travamento total das rodas (parando e soltando o veículo) – por isso, o nome que, na sigla em inglês, significa sistema de frenagem antitravamento.
Em uma frenagem brusca, as duas rodas irão frear iguais com o sistema ABS, não deixando as rodas travar, o que não acontece com o freio a disco, havendo o travamento e perdendo a direção da roda. Podemos considerar o novo sistema de freios ABS um item de segurança a mais para o veículo.

Valdinei Antonio Ramos VAR - Centro Automotivo Rua Santo Rizzo, 778 (19) 3812-1288

Valdinei Antonio Ramos
VAR – Centro Automotivo
Rua Santo Rizzo, 778
(19) 3812-1288

A partir do ano de 2015, todos os carros terão esse item incluso, que será obrigatório, e nenhum carro sairá da fábrica sem os itens de ABS e Airbags. Assim como nas motos, com mais de 300 cc, será obrigatório o ABS. Em motos de alta cilindrada, o sistema de freios ABS já está presente na maioria dos modelos. BMW, Harley-Davidson, Ducati e Triumph possuem ABS em toda sua linha vendida no Brasil.

Muitas motos apresentam versões com e sem o recurso. Essa prática é normal ao redor do mundo, inclusive, no Brasil. Abordando a questão de vendas, o apelo da segurança que o sistema oferece ainda não chama muito a atenção dos motociclistas. Ou o preço superior da versão com ABS acaba fazendo o consumidor abrir mão de sua segurança, o que pode ser adiado até então, mas, futuramente, não mais, já que, a partir de 2015, todos os automóveis e motocicletas estarão com o sistema ABS incluso.

Apesar do melhor desempenho, o freio ABS ainda não é o mais popular entre motoristas brasileiros. Um dos motivos é que veículos com sistema antitravamento de fábrica são de R$ 2 a R$ 3 mil mais caros. O técnico alerta que, mesmo sendo um sistema mais caro, os freios ABS têm desgaste menor, o que faz com que a procura de manutenção seja menor também.
“O custo para troca do freio convencional para o ABS em carros mais antigos que os de 2015 não é indicado e não tem tido tanta procura, pois, é um sistema caro, o que acaba não compensando”, diz Valdinei Antonio Ramos, técnico mecânico.

Em pista molhada, mesmo com atrito menor, o ABS mantém sua eficiência. Nessa condição, um carro com o sistema para cerca de 42,4 metros depois da freada, melhor do que o freio comum em pista seca! É importante lembrar que, para o ABS funcionar, tem que pisar fundo no pedal de freio.
Sensores instalados nas rodas verificam cerca de 20 vezes por segundo a velocidade de rotação do pneu e a velocidade do carro. Quando a velocidade da roda cai muito em relação à do veículo, é um sinal de que houve uma freada brusca. Ao perceber isso, o sistema ABS controla o freio, liberando e contendo alternadamente a rotação da roda, sem deixá-la travar. O motorista sente o pedal vibrar quando o ABS entra em ação.