Delegados e Promotores de Campinas e do Rio de Janeiro estiveram na empresa na cidade. Operação foi realizada em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e também em Minas Gerais
Duas pessoas foram presas, durante uma operação policial em Cosmópolis, na quinta-feira (16).
A operação contou com o apoio de Policiais Militares da Força Tática e também promotores do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), de Campinas e do Rio de Janeiro.
Além dos Promotores, Delegados e Policiais Civis do Rio de Janeiro estiveram em Cosmópolis, apoiando a operação.
A operação, chamada de Ouro Negro, teve desdobramentos em três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em Cosmópolis, os Policiais foram até uma empresa, próxima a Rodovia Professor Zeferino Vaz, SP 332. No local, os promotores encontraram uma suposta refinaria clandestina de combustível.
Técnicos da Petrobras e também da Agência Nacional do Petróleo (ANP) estiveram no local. Eles coletaram amostras dos produtos armazenados nos tanques para comprovar quais tipos de produtos estavam armazenados.
Também estiveram no local Peritos, do Instituto de Criminalística (IC), que realizaram o trabalho pericial.
A Perícia vai comprovar se havia o refino do óleo bruto no local ou não.
Nos tanques, localizados dentro da empresa, estavam armazenados 1 milhão de litros de óleo bruto.
O óleo, provavelmente, era retirado dos dutos operados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, responsável pelo transporte do combustível.
Utilizando uma técnica chamada de trepanação, o óleo era retirado dos dutos e transportado por caminhões até as refinarias clandestinas. A técnica de trepanação consiste na perfuração do duto, com o uso de equipamentos especiais e a instalação de uma válvula clandestina.
Caminhões eram estacionados próximos a essas válvulas e carregados com o produto desviado.
Além do petróleo, álcool e gasolina também eram retirados dos dutos. No entanto, para esse local em Cosmópolis, era levado apenas o petróleo para ser refinado.
Após o refino, o combustível era levado para os postos de gasolina envolvidos com a quadrilha.
Com a localização do petróleo na empresa em Cosmópolis, dois funcionários da empresa foram presos. No local, foram constatados os crimes de receptação qualificada e armazenamento de produto desviado. Também foi caracterizado um crime ambiental, já que o armazenamento de petróleo só pode ser feito no Brasil pela Petrobras.
Os promotores estimam um prejuízo em torno de R$ 33 milhões.
As duas pessoas que foram presas em Cosmópolis foram levadas para a Cadeia Pública de Sumaré.
Em toda a operação nos estados, treze pessoas foram presas.