Esta semana, a GAZETA de COSMÓPOLIS realizou uma entrevista com Daniel Ferreira, de 32 anos. O genrente comercial conta um pouco de sua história profissional como TI, comerciante, profesor e músico.
GAZETA DE COSMÓPOLIS: Onde nasceu?
Daniel Ferreira: Sou natural de Limeira, onde vivi até os meus 15 anos. Morei um tempo em Artur Nogueira até vir para Cosmópolis.
GAZETA: Limeira, Artur Nogueira (mesmo se tratando de uma cidade pequena) e Cosmópolis são cidades com ritmos diferentes. Como foi seu processo de adaptação aqui na cidade?
Daniel: De Limeira para Artur Nogueira, foi bem difícil, já que eu estava acostumado com uma cidade maior e movimentada. Lá eu morava no Centro, onde era incomum andar na rua sossegado, como em Artur Nogueira se mostrou ser. Assustei bastante, mas, na mudança para Cosmópolis, eu estava mais acostumado com o ritmo de cidades pequenas.
GAZETA: Já era formado quando veio para Cosmópolis? Quais são as suas formações e por onde se formou?
Daniel: Sim, já era formado. Fiz o técnico em TI pelo COTIL (Colégio Técnico de Limeira) e depois continuei na área por cursos online. Sou formado em Teologia também, pois se trata de uma área que gosto muito, mas fiz apenas por conhecimento.
GAZETA: Iniciou sua vida em Cosmópolis trabalhando com o que?
Daniel: A primeira empresa que trabalhei aqui foi a M Informática, do Márcio Zorzeto. Lá, fui técnico por muito tempo, até começar a oscilar entre sair e entrar novamente. Fui para o ramo de música por um tempo e, depois, abri meu próprio negócio.
Montei uma Lan House na Avenida da Saudade, que possuía uma loja de informática no fundo e que, atualmente, não existe mais. Depois, fui convidado pelo Montessori para lecionar teatro no colégio, já que eu também possuía alguns projetos no Cosmopolitano e na academia Clip, de Paulínia. No fim das contas, estou há 14 anos como professor (risos). Comecei na aulinha de teatro; depois, fui lecionar informática; em seguida, passei a dar aulas de organização e normas, normatização e legislação, ou seja, tudo o que aprendia, eu era jogado para ensinar. Hoje, sou gerente comercial da escola.
GAZETA: Em todas essas áreas que atuou, você acabou trabalhando com pessoas. O que foi aprendendo desse convívio?
Daniel: Aprendi que pessoas não são fáceis, mas que, apenas desta forma, aprendemos a lidar com qualquer tipo de gente. Sempre haverá as mais carinhosas, as mais educadas, as mais sérias e as mais grossas possíveis e em todos os níveis. Entretanto, tudo o que passamos no âmbito profissional, levamos para o pessoal, facilitando diversas situações em nossas vidas.
GAZETA: Quais as dificuldades que você enfrentou ao longo da sua vida profissional?
Daniel: Sofri muito preconceito, principalmente, pela minha idade. Iniciei minha vida como professor muito cedo, no caso, com apenas 17 anos, e lecionei para pessoas com 30, 40 e 50 anos de idade. Então, era comum que elas acreditassem que, por ser novo, eu não conseguiria passar o conteúdo formal.
Entretanto, minha maior dificuldade foi criar uma didática própria, pois, eu sempre acreditei que professores necessitam de uma didática interessante; caso contrário, pode acontecer do profissional ter muito conhecimento, mas, não conseguir transmiti-lo de uma forma legal, tornando a aula muito maçante e cansativa.
Por isso, sempre tentei melhorar minhas aulas diariamente, me inspirando em bons professores dos quais eu gostava muito. Para tal, ao invés de focar na parte técnica, viso mais um estilo palestra dentro das salas de aula, incluindo brincadeiras e descontrações.
GAZETA: Com relação a Lan House que você teve, de onde surgiu a ideia de abrir uma e por que acabou?
Daniel: Abri a Lan House com a intenção de ter um trabalho fácil. Na verdade, foi ainda mais difícil do que eu poderia imaginar, pois, instalei meu negócio em frente a um hotel na época que a Refinaria se encontrava em alta, logo, atendia muita gente que chegava cansada do serviço com todo tipo de humor. Ali, aprendi muito a lidar com pessoas que não tinham a mesma paciência que eu precisava ter.
Outro ponto que me influenciou a abrir o comércio foi que, naquela época, o computador não estava tão em alta como hoje e o acesso à internet era limitado a poucos. Foi uma boa ideia. Além do mais, eu também comercializava produtos de informática com preços bacanas.
Mas, costumo dizer que fechei no momento certo. Decidi deixar o ramo quando a tecnologia se expandiu a todos, assim, passei a perceber que o mercado não precisava mais de uma Lan House para fornecer um serviço que a população já tinha. Antes de correr o risco de falir ou de fechar por uma necessidade maior, escolhi partir para uma área que eu já estava imerso e gostava muito, a de professor.
GAZETA: Em todas essas áreas que atuou, você acabou trabalhando com pessoas. O que foi aprendendo desse convívio?
Daniel: A música é uma das principais paixões que eu tenho. Trabalho dando aulas e tenho alguns projetos online, inclusive, um canal no Youtube onde falo sobre isso. Também toco na igreja Quandragular, mas, não sou formado em música, apenas tenho um bom conhecimento autodidata e online também. Hoje, me identifico como guitarrista, mas também entendo um pouco de contrabaixo, bateria, teclado, flauta, gaita, piano, etc.