Elas têm várias causas, incluindo etiologia congênita ou herdada, infecciosa, metabólica, inflamatória, endócrina e/ou tóxica, induzida por drogas
Miopatias são enfermidades musculares alheias a qualquer distúrbio da inervação ou da junção neuromuscular. Nelas, as fibras musculares não funcionam normalmente, o que resulta em sintomas de diversas naturezas.
As miopatias têm várias causas, incluindo etiologia congênita ou herdada, infecciosa, metabólica, inflamatória, endócrina e/ou tóxica, induzida por drogas. Quando não há possibilidade de se determinar uma etiologia, a miopatia se diz idiopática. Pensa-se que as miopatias idiopáticas são imunomediadas ou associadas a doenças do tecido conjuntivo (lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, poliarterite nodosa, etc.).
Há também uma miopatia alcoólica aguda, mas, além da síndrome aguda, o álcool pode provocar uma miopatia mais crônica. Um defeito genético também tem sido associado a estas doenças.
Os sintomas mais comuns da miopatia incluem fraqueza muscular, dores musculares e hipotonia. Os sinais e sintomas gerais são fraqueza muscular proximal simétrica, mal-estar, fadiga, urina escura devido à presença de mioglobinúria e/ou febre. Geralmente, não há queixas sensoriais ou parestesias. No entanto, os reflexos tendíneos profundos podem estar diminuídos ou ausentes nas paralisias por deficiências de potássio.
As suspeitas clínicas devem levantar a hipótese de miopatia, a ser confirmada pelos testes clínicos, laboratoriais, sangue, urina, testes genéticos e eletroneuromiografia. A ressonância magnética pode ser usada para avaliar complicações ou descartar a doença neurológica. Em último lugar, a biópsia muscular define o diagnóstico.
O tratamento de uma miopatia depende da sua etiologia e pode variar de simples suporte à terapia sintomática para as condições específicas. Não existe, pois, um tratamento único para todas as miopatias.
Os tratamentos atuais para os vários tipos de miopatias compreendem a terapia medicamentosa, fisioterapia, massagens, acupuntura e até mesmo cirurgia. Tais tratamentos podem incluir gestão das vias respiratórias e hidratação adequadas.