Os herdeiros de Deus vieram dos esconderijos, dos casebres, dos calabouços, dos cadafalsos, das montanhas, dos desertos, das covas da Terra, das cavernas do mar. Na Terra, eram “necessitados, afligidos, maltratados” (Hb 11:37). Milhões desceram ao túmulo carregados de infâmia, porque firmemente se recusavam a render-se às enganosas pretensões de Satanás. Pelos tribunais humanos, eles foram julgados como os mais vis dos criminosos. Agora, “é o próprio Deus que julga” (Sl 50:6). Revogam-se, agora, as decisões da Terra. “Tirará de toda a Terra o opróbrio do Seu povo” (Is 25:8). Serão chamados de “Povo Santo, Remidos-Do-Senhor” (Is 62:12). Ele determinou que se lhes dê “uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado” (Is 61:3).
Não são mais fracos, afligidos, dispersos e oprimidos. De agora em diante, eles devem estar sempre com o Senhor. Estão diante do trono com vestes mais ricas do que já usaram os mais honrados da Terra. Estão coroados com coroas mais gloriosas do que as que já foram colocadas na fronte dos monarcas terrestres. Os dias de dores e pranto acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar. Por entre o agitar dos ramos de palmeiras, derramam um cântico de louvor, claro, suave e melodioso. Todas as vozes aprendem a harmonia até que se intensifica pelas abóbadas do Céu a antífona: “Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap 7:10). Todos os habitantes do Céu assim respondem: “Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos” (v. 12).
Nesta vida, podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema da redenção. Com nossa compreensão finita, devemos considerar muito seriamente a ignomínia e a glória, a vida e a morte, a justiça e a misericórdia que se encontraram na cruz; porém, mesmo com o máximo esforço de nossa faculdade mental, deixaremos de aprender seu completo significado. O comprimento e a largura, a profundidade e a altura do amor que redime são apenas palidamente compreendidos (O Grande Conflito, p. 650, 651).
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