A cigarra e a formiga

Rodrigo Bueno (Cebola), saxofonista e evangélico da Igreja Assembleia de Deus Madureira (Cosmópolis)

Quem nunca ouviu ou leu a famosa fábula “A Cigarra e a Formiga” de La Fontaine, aparentemente uma ingênua historinha infantil, daquelas que contamos para as crianças antes de dormir, quando, na verdade, encontramos nessa narrativa uma parábola carregada de significados e ensinamentos práticos, de onde podemos tirar preciosas lições.

Duas personagem antagônicas que se contrapõem em suas ações, confrontando o esforço e o trabalho representado pela formiga, com a preguiça ou o ganho fácil expresso na personagem representada pela cigarra. Enquanto a formiga, no verão, com sabedoria e prudência, recolhia todo o suprimento necessário para o rigoroso inverno, a cigarra se limitava apenas a cantar, não se atentando para o ciclo natural das estações e da severidade do inverno e suas privações.

Quem conta um conto, aumenta um ponto, nesse caso, vale a pena ressaltar uma outra lei natural: a lei da semeadura, onde as escolhas que fazemos hoje, ou seja, a semente que lançamos na terra, são fatores determinantes para o que queremos para o futuro, exatamente o que vamos colher.

Sorte ou azar, o tempo dirá: nesse caso, jamais podemos ousar chamar a formiga de sortuda, por ter a seu dispor tudo aquilo que necessita para sua subsistência em tempos adversos. Mas louvá-la pela sua prudência em se atentar com diligência para a imprevisibilidade da vida e seus ciclos, como já dizia o poeta: “a vida vem em ondas, como um mar”. É de suma importância que estejamos preparados para situações adversas, que a fábula chama de inverno, afinal de contas, sorte é estar preparado tanto para as oportunidades quanto para as adversidades.

Por Rodrigo Bueno
Técnico em Metalúrgica e Soldagem, Professor e Inspetor de END, Músico e Saxofonista Igreja Assembleia de Deus Madureira