A fala é a ferramenta mais utilizada para a comunicação entre seres humanos e a linguagem é todo o conhecimento que esse ser tem sobre o mundo, entretanto, ambas precisam sempre ser estimuladas e, principalmente, na infância.
A melhor maneira para desenvolver a linguagem entre as crianças é a conversa. Desde a barriga da mãe, a criança apresenta estímulos auditivos, “ela já conhece a voz da mãe, estímulos externos, ela já tem o conhecimento e, quando a criança nasce, já reconhece quem são os pais, e por isso ela se sente segura ouvindo essas vozes”, explica Thamara L. Rahme Canuto, fonoaudióloga. É importante ressaltar a diferença entre fala e linguagem; a linguagem é tudo o que a pessoa conhece no mundo, como nomes e funções; já a fala é a parte motora, a voz.
A idade para o desenvolvimento da linguagem varia de cada criança. “Coisas simples, quando a criança começa a andar, já podemos dar algumas tarefinhas para ela, como, por exemplo, levar o sapato até o quarto e isso já é um bom desenvolvimento da linguagem. Na parte da fala, esperamos que, por volta de um ano de idade, a criança fale as primeiras palavras, que são poucas. Por volta dos dois anos, é esperada uma fala um pouco mais clara, mas cada criança tem seu ritmo. A partir dos dois anos, é interessante a criança já formar frases. Temos sempre que prestar atenção e estimular conversando e dar o tempo para ela responder”, especifica a fonoaudióloga.
Família e escola
Já o papel da família e escola nesse desenvolvimento é de extrema importância, o interlocutor que possa estar conversando, brincando e lendo com a criança. Thamara afirma que o papel da família é se comunicar com a criança, dando um modelo de fala e mostrar a cultura da família; já a escola é fundamental para o convívio social. “A criança, às vezes, em casa, só tem adulto para conversar com ela e, na escola, ela vai soltar a fala mais rápido que em casa, já que terá outros modelos de outras crianças. A escola traz esse benefício de contato e convívio com outras crianças, que ajuda demais no desenvolvimento da fala”, explica.
Quando se preocupar?
Quando a criança não demonstra nenhum sinal de estar entendendo o que você está falando ou perguntando, pode ser algo para ser levado em consideração. A fonoaudióloga alerta que, quando a criança se mostra apática, não tenta responder nem com o “apontar de dedo”, que a partir de um ano e meio de idade ela não fale ou somente aponte, também é preciso ficar atento. Se a partir dos dois anos ela não consegue se comunicar de nenhuma forma e nem verbalmente, é de extrema importância a avaliação de um especialista, seja fonoaudiólogo ou um pediatra, para que não haja nenhum tipo de atraso no desenvolvimento da criança que, para a fono, é uma parte muito importante, pois, a demora na fala pode acarretar na demora para aprender a ler e a escrever. “As primeiras aquisições de fala são de extrema importância para a vida toda. Procurar ajuda profissional caso haja qualquer dúvida. Às vezes, pesquisamos na internet, mas, nada melhor que uma conversa e um profissional te orientando, seja um profissional de pediatria ou fonoaudiologia, para dar as orientações necessárias.