A experiência de Nicolas ao ser diagnosticado com lábio leporino desde o nascimento

Com fé, a família enfrentou os desafios médicos e emocionais, transformando incertezas em muita força e esperança

Quando Stefani Camila Ferreira Machuca foi fazer o ultrassom para descobrir o sexo de seu segundo filho, Nicolas Ferreira Machuca Teodoro, a médica levantou a suspeita de lábio leporino. A confirmação veio semanas depois, durante a ultrassonografia morfológica. “Nesse momento, ficamos sem chão, pois não sabíamos o que realmente era, se teria algo a mais ou como lidaríamos com isso. Foram inúmeras perguntas que não tínhamos respostas”, conta Stefani.

A decisão de ter um mais um filho, o segundo, veio da boa experiência com o primeiro. “Mas a notícia do lábio leporino após o ultrassom me levou a ter outras experiências. Quando a médica me deu a notícia, parece que meu mundo parou. Ela falava, mas o som estava bem longe”, conta.

A família buscou informações sobre o diagnóstico e encontrou apoio nos amigos e pastores. “Após o exame, desabei. Mas meu esposo estava lá, e ele, como sacerdote do lar, teve que ser forte para me amparar. Também recebemos uma palavra de que Deus poderia fazer um milagre ainda no ventre, mas caso não fizesse, Ele cuidaria de tudo”, diz ela. Durante a gravidez, apesar do medo e incertezas vividos pela mãe, Stefani encontrou forças na fé e no apoio recebido.

Ao nascer, Nicolas passou quatro dias na UTI, pois não conseguia mamar devido à fenda em seu lábio. “Eu não aguentava mais vê-lo não conseguir se alimentar e estar longe do meu outro filho, foi um período muito difícil para nós. Até que numa madrugada comecei a chorar muito”, compartilha Stefani. O pediatra liberou o uso de mamadeira, permitindo que Nicolas se alimentasse e recebesse alta no dia seguinte.

A jornada de tratamento de Nicolas começou em Bauru, no “centrinho” da Universidade de São Paulo- USP, onde Nicolas passou por sua primeira cirurgia aos três meses e outra quando estava com um ano. “Deus cuidou de todas as coisas, colocou na nossa vida os melhores médicos e nos supriu financeiramente”, conta Stefani que reforça que atualmente Nicolas segue em tratamento e está muito bem.

Para os pais, Nicolas é uma criança muito feliz, alegre e brincalhona, mas também entendem a importância de cuidar do bem-estar dele. “Nosso filho é cheio de energia, feliz e sagaz. Mas, por precauçoes, sabemos que precisamos acompanhar os cuidados de perto”, explica.

O apoio espiritual foi indispensável para a família de Nicolas. “Uma palavra que um irmão nos trouxe foi: ‘se Deus não fizesse um milagre na barriga, Ele faria um milagre depois’. E foi realmente o que aconteceu”, finaliza Stefani.