O firmamento parece repleto de formas radiantes – milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma descrição humana pode relatar essa cena, nenhuma mente mortal consegue imaginar seu esplendor. “A Sua glória cobre os céus, e a Terra se enche do Seu louvor. O Seu resplendor é como a luz” (Hc 3:3, 4). Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante Divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol do meio-dia. “E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19:16).
À Sua presença, tornam-se “pálidos todos os rostos” (Jr 30:6). Sobre os que rejeitaram a misericórdia de Deus, cai o terror do desespero eterno. “O coração se derrete, os joelhos tremem”, “e o rosto de todos eles empalidece” (Na 2:10). Os justos clamam, a tremer: “Quem poderá subsistir?” (Ap 6:7, ARC). Silencia o cântico dos anjos, e há um tempo de terrível silêncio. Ouve-se então a voz de Jesus, dizendo: “A Minha graça te basta”. Ilumina-se a face dos justos, e a alegria enche todos os corações. Os anjos entoam uma melodia mais forte, e de novo cantam ao aproximar-se ainda mais da Terra.
O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho; a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. “Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante Ele arde um fogo devorador, ao Seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a Terra, para julgar o Seu povo” (Sl 50:3, 4). […]
Cessaram os gracejos escarnecedores. Cerraram-se os lábios mentirosos. O choque das armas, o tumulto da batalha “e toda veste revolvida em sangue” (Is 9:5) silenciaram. Nada se ouve agora senão a voz de orações e o som do choro e lamentação. Dos lábios que tão recentemente zombavam, irrompe o clamor: “É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6:17, ARC). Os ímpios suplicam para que sejam sepultados sob as rochas das montanhas, em vez de ver o rosto dAquele que desprezaram e rejeitaram (O Grande Conflito, p. 641, 642).
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