A igreja e sua responsabilidade – postura para entrar no templo

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus” Hebreus 10.19

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus” (Hebreus 10.19).
1. Entrar no santuário de Deus (Hebreus 10.19). No Antigo Pacto, as pessoas comuns do povo não podiam adentrar no santuário propriamente dito. Só chegavam até ao pátio, que era a parte exterior do tabernáculo. Em Jesus Cristo, no entanto, homens e mulheres salvos são “sacerdotes reais” (1 Pedro 2.9), e têm “ousadia para entrar no Santuário pelo sangue de Jesus”. Este é um privilégio que só os fiéis lavados e remidos pelo sangue de Jesus Cristo podem ter. Jesus é “o único mediador entre Deus e o homem” (1 Timóteo 2.5).
2. Como chegar a Deus (Hebreus 10.22,23). Não se pode chegar a Deus de qualquer maneira. O escritor, em sua incisiva exortação, nos mostra os cuidados que devemos ter para chegarmos à presença de Deus:
a) “Com verdadeiro coração”. Só podemos ter acesso ao Pai e ser aceitos por Ele se tivermos um coração sincero, limpo e puro (Mateus 5.8).
b) “Em inteireza de fé”. O crente, ao buscar a presença de Deus, não pode ter dúvida alguma de sua existência, do seu poder e de sua graça.
c) “Tendo o coração purificado da má consciência”. Para Deus não valem as aparências. Ele vê o interior do homem. O salmista disse que Deus nos sonda e entende o nosso pensamento (Salmos 139.1,2). Se dermos lugar à iniquidade, Ele não nos ouvirá (Salmos 65.18).
d) “O corpo lavado com água limpa”. Certamente, o texto bíblico aqui refere-se à purificação do crente pela Palavra, como se lê em Efésios 5.26: “purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra”, isto em relação à Igreja.
e) Retendo firmes a confissão da esperança. Em Hebreus 3.6 somos exortados a “conservar firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”. A confissão da esperança indica a nossa fé nas gloriosas e infalíveis promessas de Deus, “porque fiel é o que prometeu”.
f) Considerando uns aos outros, estimulando-nos “à caridade e às boas obras”. O bom relacionamento entre os crentes é condição importante para o acesso a Deus. A caridade (amor em ação) é a marca do cristão. Boas obras são dever do salvo (Efésios 2.10).
g) “Não deixando a nossa congregação”. Aqui não se refere ao sentido físico: deixar a igreja local para ir congregar-se em outro bairro; mas sim, que não devemos deixar de congregar-nos, de nos reunirmos, tendo em vista a necessidade da comunhão coletiva. Somos membros uns dos outros (Romanos 12.5). É equivocada e carnal a ideia de que alguém pode ser “crente em casa”, a menos que esteja doente.
h) “Admoestando-nos uns aos outros”. Admoestar, aqui, tem no original o sentido de animar, encorajar. Essa prática, quando realizada com amor, tem grande efeito no fortalecimento e encorajamento espiritual da comunidade cristã.

Pastor Gessivaldo Gomes Rebouças
Igreja Metodista Wesleyana