A importância do poder feminino

Ser Mulher… Ontem, hoje e amanhã!
Dia 8 março é um dia dedicado a comemorar a existência e a presença da mulher no mundo. Essa comemoração já bastou para darem início às postagens humorísticas/irônicas via redes sociais. São engraçadas, as pessoas curtem, dizem que são apenas brincadeiras que descontraem, mas, na verdade, apesar de todos os avanços femininos, demonstra que a sociedade ainda continua apresentando traços de machismo.
É verdade que a condição social da mulher mudou muito após a Revolução Feminista da década de 1960. Alguns direitos nessa época eram inadmissíveis, e hoje soam como naturais, como estudar, trabalhar fora, votar, entre outros. Há quem diga que as mulheres se uniram em uma luta e conquistaram o seu espaço. Sucintamente, a diferenciação do feminismo para o machismo é que o primeiro é um movimento social e político com o objetivo de conquistar igualdade entre os gêneros e o machismo é o comportamento que coloca o homem em posição superior à mulher.
Além da diferença anatômica genital visível do feminino e masculino, a neurociência pesquisa e descreve diferenças cerebrais, que em sua formação intraútero, o cérebro de início é feminino, tornando-se masculino 8 semanas após a concepção, quando o excesso de testosterona encolhe o centro comunicacional, reduz o córtex e duplica a área do cérebro dedicada ao sexo. Talvez isso explique a razão de pensamentos sobre sexo estarem na cabeça das mulheres a cada dois dias, e nos homens uma vez a cada minuto.
Uma mulher utiliza cerca de 20 mil palavras por dia e o homem 7 mil. A mulher sabe o que as pessoas estão a sentir e os homens não detectam emoção a menos que alguém chore na sua frente. Essas são algumas curiosidades interessantes da biologia e genética quando se diferencia os cérebros masculino e feminino, mas, de maneira alguma, determinará comportamento e habilidades humanas. Ultrapassar esse ponto supondo a inferioridade e capacidade feminina é chegar a linha do preconceito.
Hoje, o estereótipo da mulher submissa foi substituído pela mulher múltipla, que é aquela que trabalha fora, cuida da casa, dos filhos, do marido e, ainda, deve encontrar tempo para cuidar de si mantendo unhas e cabelos impecáveis, praticar exercícios físicos, balancear a dieta, se aperfeiçoar em cursos etc. Tanto fora a luta para alcançar uma igualdade de gênero que acabou por tornar o grau de exigências ainda maior, ao que diz respeito ao discurso da sociedade.
Se antigamente a “mulher perfeita” era aquela que cuidava do lar familiar, hoje, ela precisa, além desse item, se destacar profissionalmente e ainda ter um corpo modelo. Por inúmeras razões, até fisiológicas, algumas mulheres não poderão atingir ou manter esse padrão de perfeição exigido; consequentemente, prevalecerá uma sensação de “incompletude” e, principalmente, uma autoestima arrasada.
A sociedade é cruel, sim, existem até mulheres machistas, mas, levaremos em conta os princípios de educação que os pais lhes passaram. E os pais? Certamente, também lhes foram incutidos os mesmos princípios. É um círculo viciante gigantesco que passa de geração a geração por séculos. Para que esse círculo se rompa por completo, o caminho é a passos lentos, é preciso que cada uma das pessoas vá quebrando seus próprios estereótipos sobre gêneros.
O gênero masculino tem o seu papel, espaço, função ou posição no mundo, que, com certeza, é digno de muita admiração, e o feminino compartilha algumas singularidades admiráveis também. Não é preciso um abdicar do outro, tampouco estabelecer uma relação competitiva. Quando se tem essa consciência, o ideal seria que fosse de ambas as partes, mas, no caso das mulheres, quando elas se dão a oportunidade de pensarem diferente e reinventarem uma nova forma de convivência com o masculino, sem se cobrarem pela perfeição, sem se culparem por seguirem seus desejos, sem se sentirem inferiores profissionalmente ou dependentes financeiramente/afetivamente, estarão, então, construindo a própria identidade feminina.

Consequência:
Sensação de liberdade
Poder ser mulher
Donas e seguras de si
Autoestima em equilíbrio
Amar ser mulher
Enfim, dizem que a mulher é o sexo frágil, será que dizem isso porque o significado dessa palavra é que se despedaça ou quebra facilmente? Então, pode ser, porque a mulher se faz em pedaços para dar conta de todos os seus papéis, mãe, esposa, amiga, filha, irmã, bela amante, dona de casa, profissional do trabalho. Faz tudo com muita maestria e competência, esboça cansaço sim, é um ser humano. Mas é forte e pode suportar dores extremas, por amor próprio ou pelo próximo. Gera e dá vida aos seus filhos, assim como daria também a sua própria vida a eles se preciso fosse.
Viva as mulheres de hoje, de amanhã e muita gratidão as de ontem!