A importância dos exames de prevenção na ginecologia

Medicina vive em constante busca da redução da mortalidade causada pelo câncer

A Medicina vive em constante busca da redução da mortalidade causada pelo câncer, com desenvolvimento de novos exames que permitem diagnósticos mais precisos e precoces, o que melhora a chance de cura.
Em Ginecologia, temos uma grande vantagem em relação a outras áreas, pois os tipos de câncer mais frequentes possuem exames de rastreamento que permitem o diagnóstico em fases iniciais, o que leva a tratamentos mais simples e conservadores, com ótimas taxas de cura. Vamos falar sobre eles.
O mais conhecido desses exames é o exame de Papanicolaou, que é usado para rastrear e detectar precocemente as lesões precursoras do câncer de colo uterino (ou seja, lesões que aparecem antes do câncer) e que permitem um seguimento e tratamento na maioria das vezes em consultório. Nos casos de alteração do exame de Papanicolaou, continuamos a investigação com a colposcopia e com bióspsia, quando necessária, da área suspeita para confirmar o diagnóstico.
A coleta do papanicolaou deve ser iniciada após 3 anos do início da atividade sexual, sendo que os 3 primeiros exames devem ser anuais e, se os resultados forem normais, podem ser realizados a cada 3 anos de intervalo até os 70 anos. Importante ressaltar que, no caso do câncer de colo uterino, temos a vacina contra HPV, que é realizada nas meninas e meninos na rede púbilca, como parte do calendário de vacinação e que vai ajudar a reduzir as lesões causadas pelo HPV, maior responsável pelo câncer de colo uterino.
Já a mama tem na mamografia o exame que consegue detectar lesões não palpáveis, associado a ultrassonografia, ou ainda ressonância magnética, quando necessária, realizada a partir dos 40 anos. Em mulheres que não possuem fator de risco, a mamografia deve ser feita a cada 1 ou 2 anos até os 50 anos e, após os 50 anos, anualmente. Pesquisa genética para pacientes do grupo de risco também pode ser solicitada quando necessária, sendo que, nessas pacientes de maior risco, o início do rastreamento deve ser antes dos 40 anos, em idade que vai ser definida na consulta com seu ginecologista ou mastologista.
Temos ainda ultrassonografia transvaginal, que na menopausa e pós-menopausa nos ajudaa a detectar alterações de risco para endométrio e ovário, podendo ser associados a ressonância magnética e exames de sangue para marcadores tumorais para o ovário.
O mais importante é sempre estar com sua rotina ginecológica em dia, o que vai permitir muito mais chances de um diagnóstico precoce de qualquer dessas alterações, o que leva a tratamentos com maior chance de cura e sucesso, com menos agressividade para a paciente.