Exames estudam a forma, a estrutura do bebê. Serão avaliados os braços, pernas, mãos e pés, coração, cérebro, coluna e rosto
Exame da nuca, aquele exame que vê “tudinho” do nenê, que vê se o nenê tem algum “probleminha”… Mas, afinal, que exame é esse que todos falam? Hoje, vamos abordar um pouco sobre os ultrassons morfológicos na gestação e sua importância.
A palavra morfologia vem do grego e significa “estudo da forma”. Então, esses ultrassons estudam a forma, a estrutura do bebê. Neles vamos avaliar os braços, pernas, mãos e pés, coração, cérebro, coluna e rosto. Isto é de extrema importância na condução do pré-natal, pois caso o bebê tenha alguma alteração, temos que tomar alguns cuidados antes do nascimento. Por exemplo, um bebê com alteração no coração, como um sopro, precisa nascer em um hospital que tenha uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal para poder fornecer os cuidados necessários para o nascimento. Além disso, algumas alterações cardíacas (do coração) no bebê impedem o parto normal; por isso, conhecer essas alterações é essencial para o cuidado adequado do bebê, e também para a preparação emocional e organização dos pais.
Neste exame, avaliamos com mais detalhes o bebê e é chamado de Ultrassom morfológico de segundo trimestre. E, deve ser realizado preferencialmente entre 20 a 24 semanas de gestação (mais ou menos 5 meses). Essa data é escolhida pois o bebê já tem um bom tamanho para ser avaliado, mas ainda não está grande, o que atrapalha a avaliação. Nesse exame, ainda podemos realizar a medida do colo uterino e avaliar se a mãe tem risco de um parto prematuro (antes do tempo). Cuidado com a mãe.
Mas e o exame da nuca? O exame que avalia a nuca é chamado de ultrassom morfológico de primeiro trimestre, ou obstétrico TN (transluscência nucal). Este exame, assim como o de segundo trimestre, avalia as estruturas do bebê, porém com menos detalhes, pois o bebê ainda é pequeno, e deve ser realizado entre 11 e 14 semanas. Contudo, nesse exame, avaliamos 4 estruturas do bebê, sendo uma delas a nuca do bebê (ou TN), o osso do nariz e dois fluxos do coração, o ducto venoso e a válvula tricúspide. Nós sabemos, através de estudos, que quando uma dessas estruturas está alterada, aumenta o risco do bebê ter alguma síndrome, como a síndrome de Down, ou ter algum problema no coração. Por isso, se o exame vem alterado, esse nenê deverá fazer um ultrassom do coração ainda na barriga da mãe. Além disso, no morfológico de primeiro trimestre podemos, através da medida do fluxo de sangue das artérias uterinas da mãe, com sua pressão arterial e história, calcular o risco dessa mãe ter pré-eclâmpsia; uma complicação na gestação. Mas, quando identificado o risco, podemos iniciar uma prevenção com remédios, o que diminui o risco da mãe ter essa complicação.
Muitas informações de um ultrassom, não é mesmo?? Por isso, além de um seguimento adequado de pré-natal, é essencial realizar seus ultrassons morfológicos, pois eles vão avaliar e definir se o bebê precisará de algum cuidado ou seguimento especial durante a gestação e parto! E, aumentar os cuidados com a mãe!