O momento da Introdução Alimentar (IA) é de grande importância para o desenvolvimento do bebê e uma boa relação com os alimentos. É também uma fase de grandes dúvidas das mamães e dos papais, mesmo não sendo mais de primeira viagem, os tempos mudam e cada bebê é diferente um do outro.
“Sabemos que esta é uma fase importante para a construção do paladar e para a formação de hábitos alimentares saudáveis, prevenindo, assim, muitas doenças, tanto durante a infância quanto na vida adulta, como a obesidade, hipertensão, diabetes, dislipidemias, entre outras. Portanto, a forma de conduzir a IA terá um grande impacto na saúde da criança”, explica a nutricionista Cintia Miranda.
Como saber se meu bebê já está pronto para iniciar a IA?
Cintia explica que “até o sexto mês de idade, o bebê deve ser mantido em aleitamento materno exclusivo. Este período garante, por si só, as necessidades nutricionais dele(a); é de extrema importância para o desenvolvimento fisiológico; e garantirá proteção contra inúmeras doenças, formando um sistema imunológico muito saudável”.
Como são feitas as consultas nutricionais?
“Ao fim do período de amamentação exclusiva, o organismo do bebê começa se preparar para receber os alimentos. Neste ponto, o nutricionista avaliará os sinais de prontidão do bebê, tais como: sentar-se com o mínimo de apoio; trocar objetos de mão e levá-los até a boca; observar o ato de comer dos familiares; diminuir o reflexo de protrusão da língua e iniciar o de mastigação”, explica a especialista.
O nutricionista é o profissional que estuda e trabalha diretamente com os alimentos. Além de fazer uma avaliação nutricional do bebê, como peso, comprimento, IMC e curvas de crescimento, também faz um planejamento alimentar direcionado para as necessidades do bebê e a realidade da família, “vai orientar de forma específica sobre este momento e sobre cada ponto importante, como a escolha e higienização dos alimentos, os cuidados no preparo, armazenamento e transporte, e ainda oferecer várias receitinhas apropriadas para cada idade”, esclarece Cintia.
É neste momento também que a família, juntamente com o nutricionista, vai decidir qual o tipo de introdução alimentar está mais adequada para a realidade do bebê e da família. “As mais conhecidas são a tradicional, a BLW (Baby-ledWeaning – Desmame Guiado pelo Bebê) e a participativa. A tradicional, como o nome já diz, é aquela que nossas avós mais faziam, onde apenas o adulto executa o trabalho de alimentar o bebê, a criança não tem interação com o processo. Na introdução alimentar do tipo BLW, a criança é quem comanda a situação, substituindo as papinhas pelas frutas e legumes em pedaços e os talheres pelas mãos. Já na participativa, podemos ter um conjunto das duas formas de trabalhar, aonde os pais não deixam de oferecer as papinhas com a colher, mas o bebê também interage podendo segurar os alimentos”, explica a nutricionista.
Cintia ainda conclui que “portanto, é de suma importância o acompanhamento nutricional com um especialista neste momento tão ímpar da vida da família”.