Deus sempre buscou Se dar a conhecer. Antes que o pecado impusesse uma barreira entre Ele e nós, a comunicação com Deus era pessoal e direta. A última vez que esse tipo de comunicação ocorreu foi por ocasião da entrada do pecado no mundo. Deus foi ao encontro do primeiro casal, no Jardim do Éden, e lhes anunciou as consequências de sua desobediência (Gn 3:8-11). Nunca mais o ser humano desfrutaria desse grau de intimidade com Deus ao se comunicar com Ele. Ou será que, de alguma forma, essa comunicação seria novamente possível? Um homem tomou a pior decisão de sua vida, ao perder a comunicação com Deus, face a face, devido ao pecado. Será que outro homem poderia restabelecer a comunhão com Deus?
Vários séculos se passaram e a Bíblia registra a experiência de um homem que mantinha comunicação sumamente íntima e direta com Deus. Seu nome era Moisés. Dele nos é dito: “Todo o povo via a coluna de nuvem que se detinha à porta da tenda; todo o povo se levantava, e cada um, à porta da sua tenda, adorava ao SENHOR. Falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda” (Êx 33:10, 11).
Depois da morte de Moisés, é provável que Josué tenha acrescentado o seguinte à biografia desse grande líder: “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face” (Dt 34:10). Deus conhecia Moisés face a face e, nessa experiência, Moisés também conheceu a Deus.
A forma de comunicação entre eles era muito simples e direta. Eles conversavam. Você consegue imaginar? Falar com Deus como você fala com seu amigo! Em diversas ocasiões, a Bíblia assinala que Deus tomou a iniciativa de chamar e falar com Moisés, além de responder às suas inquietações.
Depois de fugir do Egito, Moisés passou 40 anos no deserto de Midiã. Para trás ficaram os dias da realeza e de seu poder na corte egípcia. Devem ter sido anos difíceis, marcados por um passado com erros e um futuro como pastor de ovelhas, que contrastava com o potencial que ele tivera. Ele não desconhecia a triste condição de Israel no Egito, mas agora nada podia fazer. Agora era um mero expectador de sua própria vida. Pelo menos era isso o que ele pensava.
Contudo, chegou o dia em que “[…] Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui!” (Êx 3:4). Ele poderia ter perfeitamente rejeitado o apelo de Deus e, até mesmo, não se sentiu digno de tão honroso convite para servi-Lo, mas tomou a melhor decisão de sua vida: a partir daquele momento, tudo mudaria.
Desde aquele dia, os diálogos entre Deus e Moisés foram muitos e profundos. Houve ocasiões nas quais algumas pessoas acompanharam Moisés no trajeto de suas entrevistas com Deus; no entanto, era apenas Moisés que se acercava e falava com Deus (Ex.: Êx 24:1, 2). Sem sombra de dúvida, essas entrevistas a sós com Deus devem ter marcado profundamente a vida desse líder. Porém, poderíamos perguntar como as demais pessoas do povo de Israel tinham uma experiência de proximidade com Deus.
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Igreja Adventista do 7º Dia