A maratona

Rodrigo Bueno (Cebola), saxofonista e evangélico da Igreja Assembleia de Deus Madureira (Cosmópolis)

As maratonas tiveram sua origem no grande feito do soldado grego Fidípedes, um mensageiro do exército de Atenas, que percorreu exatos 42 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos moradores da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os Persas. Reza a lenda que após ter cumprido a sua missão Fidípedes morreu pela exaustão. Depois desse feito, vencer uma maratona dava ao atleta muito prestígio, não somente pela aptidão física, mas também porque o campeão se identificava com o primeiro herói desse memorável acontecimento.

Nas grandes maratonas disputadas hoje a chegada é no mesmo lugar da largada, e enquanto se aquecem para a corrida, os maratonistas fitam os olhos no tão cobiçado pódio, que aguardam aqueles que alcançarão tamanho êxito: vencer a corrida. Enquanto vislumbram o tão sonhado posto a imaginação os levam a sentir a sensação de subir ao ponto mais alto, de ser aplaudido pela multidão e coroado com os louros da vitória.

Por mais fugaz que seja, esses minutos imaginários agem como um poderoso estímulo aos atletas, que durante a corrida em seus momentos de maior cansaço e fadiga pelas intermináveis ladeiras do percurso, trazem a memória a lembrança do pódio, o reconhecimento do público e as glórias da vitória, e assim, retomam o fôlego, recuperam as suas forças e seguem rumo ao seu apogeu.

Por isso a necessidade vital de ter os olhos postos em algo inspirador, acima das circunstâncias que estamos atravessando, de trazer a memória aquilo que nos dá esperança, a fim de que sejamos encorajados a seguir em frente, a continuar correndo a intensa Maratona, quando nossas forças parecem chegar ao fim.

Por Rodrigo Bueno
Técnico em Metalúrgica e Soldagem, Professor e Inspetor de END, Músico e Saxofonista Igreja Assembleia de Deus Madureira