As maratonas tiveram sua origem no grande feito do soldado grego Fidípedes, um mensageiro do exército de Atenas, que percorreu exatos 42 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos moradores da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os Persas. Reza a lenda que após ter cumprido a sua missão Fidípedes morreu pela exaustão. Depois desse feito, vencer uma maratona dava ao atleta muito prestígio, não somente pela aptidão física, mas também porque o campeão se identificava com o primeiro herói desse memorável acontecimento.
Nas grandes maratonas disputadas hoje a chegada é no mesmo lugar da largada, e enquanto se aquecem para a corrida, os maratonistas fitam os olhos no tão cobiçado pódio, que aguardam aqueles que alcançarão tamanho êxito: vencer a corrida. Enquanto vislumbram o tão sonhado posto a imaginação os levam a sentir a sensação de subir ao ponto mais alto, de ser aplaudido pela multidão e coroado com os louros da vitória.
Por mais fugaz que seja, esses minutos imaginários agem como um poderoso estímulo aos atletas, que durante a corrida em seus momentos de maior cansaço e fadiga pelas intermináveis ladeiras do percurso, trazem a memória a lembrança do pódio, o reconhecimento do público e as glórias da vitória, e assim, retomam o fôlego, recuperam as suas forças e seguem rumo ao seu apogeu.
Por isso a necessidade vital de ter os olhos postos em algo inspirador, acima das circunstâncias que estamos atravessando, de trazer a memória aquilo que nos dá esperança, a fim de que sejamos encorajados a seguir em frente, a continuar correndo a intensa Maratona, quando nossas forças parecem chegar ao fim.
Por Rodrigo Bueno
Técnico em Metalúrgica e Soldagem, Professor e Inspetor de END, Músico e Saxofonista Igreja Assembleia de Deus Madureira