Maria ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-Lhe a palavra. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço... Lucas 10:39-40
O texto revela a atitude das duas irmãs que receberam Jesus em sua casa. Marta, cheia de preocupações, cuidava para que tudo estivesse perfeito para receber a visita ilustre. Maria, completamente desprendida das obrigações sociais, abdicou de tudo para aproveitar ao máximo seu encontro com o Mestre. Marta corre por Jesus, enquanto Maria corre para Jesus.
Diante deste cenário, podemos fazer uma avaliação de como têm sido os nossos encontros com o Salvador. Você também tem convidado Jesus para ir à sua casa? Qual tem sido a sua conduta ante a visita do Mestre? O que você tem feito: se derramado aos pés de Jesus para ouvir Suas palavras, ou como Marta você tem se esforçado muito em seus afazeres? Uma coisa é óbvia, Jesus não está defendendo a preguiça, a omissão, muito menos a exploração do trabalho dos outros.
Em um mundo agitado como o nosso, que nos rouba o tempo para cultivar o relacionamento com Deus, devemos refletir sobre a importância de vivermos de maneira que priorizemos as coisas espirituais e eternas em detrimentos das materiais e passageiras, não o contrário. É claro que temos que nos preocupar com os afazeres e os trabalhos, mas, na verdade, quantas vezes enchemos os nossos dias com atividades fúteis e agitação, de forma que não conseguimos “achar tempo” para ouvir Jesus através da oração, da contemplação e da meditação na Sua palavra?
O ativismo é uma fuga, uma fuga de um encontro real com os anseios mais verdadeiros e profundos do nosso ser. Assim, refugiamo-nos em um número sem fim de atividades sem objetivos claros, sem organização, sem rumo. A atitude de Maria é a de uma discípula que aprendeu a viver de maneira diferente e contemplativa, ouvindo e ruminando a palavra de Deus, que pode levar à muita ação, mas nunca ao ativismo.
Jesus, de forma alguma, quer menosprezar Marta, temos necessidade de nos dedicarmos aos nossos afazeres, mas também é preciso achar tempo para ficarmos aos pés do Senhor, o que edifica a alma. O que fizermos com as nossas mãos, o que providenciamos com o nosso trabalho incessante poderá passar, mas o que aprendermos com Jesus, será como um tesouro inesgotável que nunca nos será tirado.
Marta fazia tudo para agradar a Jesus, no entanto, o que mais Ele desejava era a sua companhia. Façamos, pois, hoje ainda o convite para que Jesus nos visite, porém, deixemos de lado todas as preocupações para agradá-Lo e nos prostremos quietos à Sua disposição para que Ele faça em nós tudo que é da vontade dEle.