“Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la? Lucas 15:4
Esse capítulo do evangelho de Lucas é conhecido como a seção de “achados e perdidos” da bíblia. Muitos homens e mulheres que vagavam perdidos e longe de Deus foram grandemente abençoados por esse texto. Nessa parábola, Jesus conta três histórias e usa três figuras (ovelha perdida, moeda perdida e o filho perdido) para demonstrar o cuidado e amor de Deus em buscar os perdidos. Vamos nos deter na figura da ovelha. Notem que não foi o pastor que perdeu a ovelha, mas a ovelha que se desgarrou do rebanho.
Há muitas coisas que podem nos fazer desgarrar como essa ovelha e desviar do caminho abandonando a rota. Decepções, desilusões, fraquezas, más influências, tentações. Às vezes, nos distraímos olhando para o mundo, às vezes, desejamos aventuras, às vezes, desprezamos a companhia de irmãos piedosos e preferimos a companhia de pessoas divertidas, porém, ímpias. São muitas as distrações, basta ignorarmos os conselhos da palavra de Deus para nos perdermos pelo caminho.
Quando isso acontece, a ovelha não leva em conta o perigo de vagar sozinha, de se perder no deserto, o risco de cair num abismo ou ser apanhada por uma fera. Jesus escolheu a figura da ovelha para ilustrar como o ser humano é frágil e indefeso. Uma ovelha não tem garras, não tem mordedura, não tem velocidade, não tem agilidade, além de tudo, as ovelhas têm visão limitada. Tudo isso para nos mostrar quão arriscado é sairmos por aí andando pelo mundo sem a proteção, sem o cuidado do Pastor.
O Pastor se mostra paciente e cuidadoso. Ele não ficou conformado com a perda. Não! O Pastor não se enfureceu com a atitude da ovelha, mas se dispõe a sair em busca da ovelha rebelde. Ele não desistiu dela, foi procurá-la no meio da noite. Você e eu temos valor para Deus. Jesus veio a esse mundo para nos procurar, para nos buscar. Deus não abre mão de você.
A jornada do pastor em busca daquela ovelha simboliza a vinda de Cristo a esse mundo para morrer por você naquela cruz! Jesus não voltaria para “casa” sem antes prover a salvação a nós! Assim como o pastor saiu em busca da ovelha porque sabia que ela pereceria sem sua ajuda, Deus sabia que sem Jesus nós também estaríamos perdidos. Ele veio buscar e salvar o perdido, Ele veio para socorro dos doentes, veio para trazer vista aos cegos e trazer alívio aos de coração quebrantado.
Ele veio para os pecadores: para encontrá-los, para perdoá-los, para livrá-los do fardo, para santificá-los e para levá-los para o céu! Você tem alguma experiência com o pecado? Jesus veio para você! Cada culto que você participa, cada pregação que você escuta, cada hino que chega os seus ouvidos, cada página da bíblia que você lê, é Deus te procurando, é Ele te chamando.
Assim como o pastor deixou seu descanso para encontrar a ovelha perdida, Jesus abdicou do da Sua glória e majestade no céu. No céu, Ele era servido, mas decidiu ser servo na terra. A bíblia diz que Ele Se fez carne e habitou entre nós. Sofreu humilhação, perseguição, dor, vergonha, enfrentou a cruz por amor de nós. Sendo Deus suportou o cálice da ira do Pai contra o nosso pecado. Alguns reconhecem quão profundo foi o abismo onde Cristo o encontrou, Ele persistiu até achá-lo, isso porque Seu amor por você é incondicional.
Como você acha que chegou até aqui? Você chegou nos braços de Jesus. Não importa o quanto estávamos sujos, cheios de espinhos, desnutridos, desfigurados, doentes ou feridos. Seu amor é tão grande que Ele não tem nenhum receio em nos tomar nos braços e nos levar para casa nos Seus ombros. Seu lugar não é longe de Deus, mas no convívio do rebanho, no aprisco. A bíblia diz que há alegria no céu por um pecador que se arrepende. Os exércitos de anjos jubilam quando uma ovelha volta para casa. É de fato motivo de alegria pois reconhecemos que cada ovelha que entra para o aprisco é uma alma resgatada da morte. Cristo estende os braços para você e te diz: Vamos para casa?
Edwil Vagner Borçatto – Pr. Local da Igreja Cristã da Trindade