A transformadora jornada de Paulo Grass com a paternidade de Emanuel

Diante dos desafios de saúde enfrentados pelo filho, ele conseguiu aprender lições importantes e descobriu uma nova forma de amar

Para Paulo Roberto Grass Junior, a paternidade trouxe grandes transformações e desafios durante toda esta caminhada. “Ser pai significa muito, pois aprendi a ter responsabilidades que antes eu não conhecia. Este processo me ensinou a ser uma pessoa melhor, a cuidar e ensinar; o amor é diferente de tudo que já senti. Ver as conquistas de meu filho Emanuel e ajudar nas dificuldades, ver o sorriso dele, não tem preço. Receber um abraço acaba com problemas e cansaços, me ensinou a ser forte!”, define Paulo sobre a paternidade .

O maior desafio que Paulo enfrenta é em relação à saúde de seu filho Emanuel. “Muitos médicos especialistas e muito tratamento. No seu nascimento, ouvi de médicos que ele não passaria de 24 horas de vida ou que não iria andar e nem falar (ainda temos fé que ele vai falar). Quando se fala de saúde, é tudo muito caro. Sempre fizemos várias rifas e, graças a Deus, com toda ajuda e apoio, hoje Emanuel se desenvolveu bastante, sempre com pessoas incríveis apoiando e profissionais maravilhosos. Hoje, achar profissionais em áreas específicas é bem complicado e, quando se acha, ou não tem vaga ou é somente particular”, explica.

Emanuel é portador da síndrome de Prader Willi, algo raro que atinge uma a cada 30 mil crianças no mundo. Ao longo do tempo, pode provocar problemas físicos, comportamentais, de aprendizagem e levar à obesidade. Apesar da doença não ter cura, existem tratamentos que buscam controlar as manifestações da doença durante a vida inteira.

Para conseguir passar um tempo com seu filho e ainda trabalhar, Paulo conta que o esforço é dobrado. “Os dois trabalhos que mais pude ficar por perto foram o de motoboy e de garçom. Nesse ramo, passei por duas empresas incríveis que sempre me ajudaram e me apoiaram, com os horários de trabalho adaptados pra quando precisava e poderia estar com meu filhão. Então, consigo conciliar as terapias, consultas e exames do Emanuel sem deixar de trabalhar”.

Entre os momentos mais marcantes de sua paternidade, Paulo destaca que “acho que todos os momentos que passamos e vivenciamos foram gratificantes por cada vitória e por saber que Deus sempre esteve no controle de tudo, mas tem dois momentos que me marcaram: o primeiro quando peguei o Emanuel no colo na Neo Natal (UTI) e a médica disse que ele estava sendo liberado para o quarto para aguardar a alta pra ir pra casa, depois de longos 41 dias; e o segundo quando chegamos com uma calopsita em casa depois da escolinha e, por duas vezes, ele repetiu o nome da calopsita, Batata (Emanuel não fala), mas ouvi-lo falando ‘batata’ por duas vezes, entendemos que ele tinha escolhido o nome para a sua calopsita”, conta.

Para Paulo, ser pai é a “maior e melhor coisa que já me aconteceu, mas paciência é a base de tudo. Aproveito cada momento da paternidade, pois é incrível!”