Há pelo menos seis meses, o Hospital Beneficente Santa Gertrudes, o único do município de Cosmópolis, e que conta com o apoio da Prefeitura, ameaça fechar as portas por falta de dinheiro. A dívida, estimada pelo novo presidente Luiz Cezar Pacheco, é de 7 milhões de reais. Segundo ele, a situação piorou quando o hospital perdeu o repasse de verba que era feito pelo Estado. “Sem o repasse e com as dívidas em bancos, nossos recursos foram reduzidos em mais de 70%”, explica.
Pacheco conta que falta tudo, desde gaze para curativos a medicamentos de alta complexidade utilizados em procedimentos cirúrgicos. “Por causa disso, o atendimento está precário e a maioria das cirurgias foi transferida para outros hospitais da região”, completa o presidente do Hospital.
Comovidas com a situação, a ABL Antibióticos do Brasil e a Beker, ambas do grupo ACS Dobfar, decidiram doar produtos fármacos e medicamentos. Um caminhão de materiais já foi entregue no dia 15 de março “Ficamos sabendo da difícil situação do hospital através de nossos funcionários, moradores de Cosmópolis, e decidimos enviar nossos produtos que são medicamentos de alta complexidade para ajudar no tratamento de pacientes internados”, diz Cintia Franco, gerente de RH da ABL.
“Essas doações são muito importantes para ajudar o Hospital continuar atendendo a população, porque a instituição não tem mais crédito no mercado e nem dinheiro para comprar os medicamentos à vista”, destaca Marlene Rodrigues, administradora do hospital.
Apesar das doações das empresas, o hospital ainda precisa de outros tipos de produtos, como lençóis, macas e materiais de limpeza. Para arrecadar fundos, a diretoria está organizando eventos.
Marco Bosoni é presidente da empresa ABL Antibióticos do Brasil e fala sobre seu compromisso com a
cidade de Cosmópolis. “A ABL emprega muitas pessoas de Cosmópolis e isso reflete diretamente na nossa postura. Temos uma grande responsabilidade, entre muitas, de colaborar com a comunidade. A ABL está crescendo, graças a Deus, e acho que isso será bom para toda a comunidade. É o mínimo que podemos fazer; acreditamos que é, inclusive, um dever moral ajudar as instituições”.
Sobre possíveis novas doações, o presidente ainda declara. “Se continuarmos nesse crescimento, acredito que é o nosso dever procurar ajudar. Agradecer a Deus e a toda comunidade”.