Acertar a cor da tinta exige um olhar sob a perspectiva flip-flop

Existem muitas formas de a pintura de um carro ser prejudicada, simplesmente por ela ser externa e ficar exposta a fatores do ambiente. De acordo com o empresário David Daniel Serafim, os casos mais comuns em que a pintura do veículo precisa ser refeita são: riscos na superfície, pintura queimada, lataria amassada e até mesmo quebrada, como é o caso dos para-choques.

Segundo ele, existem vários procedimentos para preparar a superfície do carro para que a pintura seja feita. “Nos parachoques ralados e riscados, por exemplo, somente é necessário lixar; já no caso de trincados, é preciso tirar os trincos para chegar no plástico, e então começar todo procedimento de lixar. Se a lataria está quebrada, nós a restauramos: soldamos o ferro, derretemos o plástico, colamos por dentro e por fora para não quebrar, e, então, fazemos procedimento normal: lixamos em cima da massa para conseguir uma superfície perfeita”, detalha o especialista.

Para peças já usadas, o profissional afirma que a pintura é mais trabalhosa do que para peças novas. “A diferença está justamente no preparo da superfície: enquanto que as usadas geralmente vêm com defeitos na superfície que precisamos corrigir, as novas chegam perfeitas, facilitando o procedimento de preparo e pintura”, observa.

Depois de corrigir a lataria com massa plástica, lixar e deixar a superfície perfeita, é utilizado o primer. “A aplicação do primer serve para receber a tinta. Se aplicar a tinta direto sem o primer, ela pode marcar a lataria ou soltar muito facilmente depois”, explica David.

Outra questão bastante “complicada” é acertar a cor da tinta. O especialista informa que há várias maneiras de olhar a tinta. “Primeiro, olhamos de frente, e depois de lado, dos dois lados. Essa técnica é chamada de flip- flop, para conseguirmos ver o ângulo da tinta. Por exemplo, se de frente a cor é prata, olhando de lado pode ser azul, ou esverdeada, ou qualquer outro tom. Além disso, utilizamos o catálogo de cores para acertar na tonalidade, já que existem muitas variantes para uma mesma cor! A cor vermelha é a mais difícil de encontrar a tonalidade correta; a mais fácil costuma ser a prata”, observa o empresário.

Por último, é aplicado o verniz, que forma uma camada transparente que dá brilho e protege a tinta – no caso da tinta “base”. “É claro que o verniz também queima com o tempo de ficar no sol; por isso, a importância de manter o carro sempre limpo e encerado. Existem tipos de tinta que não precisam do verniz, porque elas mesmas têm brilho. Porém, no caso dessas, deve-se polir a superfície de seis a oito meses, enquanto que a tinta ‘base’, a mais utilizada, aguenta bem mais tempo”, finaliza o especialista.

David Daniel Serafim Empresário David Funilaria Contato: 3872-5939

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