Ácido fólico na gravidez é importante para a saúde do bebê

Durante a gravidez, a principal preocupação dos pais é a saúde da criança. E para que o feto se desenvolva bem, é feito um acompanhamento chamado de “pré-natal”. Neste acompanhamento, alguns cuidados são recomendados pelos médicos, entre eles, a utilização do ácido fólico, também chamado de folato. Segundo o ginecologista e obstetra, Nivaldo Baron, o ácido fólico na gravidez é essencial para a formação do Tubo Neural. “Para toda paciente, que planeja uma gestação, eu recomendo que comece usar o ácido fólico, pelo menos, um mês antes de começar tentar engravidar”. Baron ainda explica qual é a função do ácido fólico para o organismo, em geral, de uma pessoa adulta. “O ácido fólico é uma vitamina do complexo B. A deficiência dos folatos pode causar até anemia”.

Nivaldo Baron
Ginecologista e Obstetra
CRM 48942/SP

Mas, de acordo com um estudo realizado na faculdade de medicina de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que analisou, por volta de 1300 mães e seus filhos, o excesso de ácido fólico durante a gestação poderia atrapalhar o desenvolvimento do bebê, chegando até mesmo a ser a causa do autismo. Entretanto, Baron afirma que essa doença depende também de outros fatores. “Este é um estudo, que não foi comprovado. É um trabalho muito pequeno, restrito. Foi uma observação que eles fizeram e foram avaliados outros trabalhos, mas não significa que é exatamente isso. Os fatores que determinam um indivíduo ter autismo não são conhecidos. Não existe uma relação direta do ácido fólico com o autismo. Eles constataram, alguém fez esse trabalho e verificou nessas grávidas que elas tinham níveis de ácido fólico mais elevados, acima daquilo que deveria ser o esperado. Mas não existe uma relação direta confirmada”, explica.
Segundo o médico Nivaldo Baron, o autismo não é uma condição que depende do cariótipo da pessoa, como, por exemplo, a síndrome de down, que, por sua vez, é possível fazer um exame antes mesmo de a criança nascer e saber se terá essa “trissomia do par 21”. Não é possível descobrir, durante a gestação, se a criança será autista; apenas com o passar do tempo, e com as características que ela apresentará. “Hoje em dia, já existem vários lugares que buscam melhorar, ajudar e trazer vários estímulos para a criança, mas é um quadro, a medicina ainda tem dificuldade em tratamento, evolução, grandes mudanças, é um trabalho que ainda é bastante árduo”, completa o médico Baron.
O ginecologista ainda explica “de modo geral, o organismo absorve o que precisa do ácido fólico e o excesso é eliminado”. Sendo assim, a recomendação do obstetra é que as mulheres que desejam engravidar comecem a fazer a suplementação do ácido fólico, pois, apenas a alimentação pode não ser o suficiente. “Os vegetais, principalmente de cor escura, couve, rúcula, brócolis, os grãos também, lentilhas, feijão, tudo isso tem ácido fólico em quantidade, mas quando você envolve a parte de absorção, nem sempre tem uma garantia daquilo que você vai ter circulante”.