Dia Mundial do Câncer foi celebrado no dia 04 de fevereiro e Adriana se tornou símbolo desta luta pela cura
Adriana de Andrade Montes, atualmente com 45 anos de idade, se tornou exemplo de superação em Cosmópolis depois de passar por um câncer de mama, vencer o problema e apoiar outras mulheres que passam pelo mesmo desafio. Mais uma vez, Adriana surpreendeu, quando passou a criar uma rede de apoio e que, agora, caminha para se tornar oficialmente uma ONG. Acompanhe mais desta história:
Como começou:
“Quando passei pela doença, recebi algumas doações de cabelo, guardei o meu. Além disso, algumas amigas cortaram o cabelo e me deram, porque eu era muito apegada ao cabelo e imaginei que quando acabasse o tratamento iria querer fazer um ‘mega hair’. No ano de 2018, comecei a realizar palestras. Por não cobrar nestas palestras, começamos a pedir doação de lenços”. No ano de 2019, uma amiga enfrentou o problema e eu já tinha lenços para a boa ação. Isso motivou a continuar pedindo este tipo de material”.
Crescimento
“A procura começou a ficar grande e, com isso, doações de cabelos começaram a surgir naturalmente e o que era somente relacionado ao Outubro Rosa passou a ser atemporal. Logo, começamos a perceber que, em Campinas, mesmo se tratando de uma cidade relativamente grande, não havia quem fizesse esse trabalho, que se trata especificamente de um apoio emocional. Passamos a perceber que nosso trabalho em Campinas e região era essencial”.
Grupo Flores Raras
“Em 2017, quando descobri a doença, conheci uma pessoa que se tornou minha amiga e que estava no fim do tratamento. Como eu tinha apego ao cabelo, quando a vi, comecei a chorar e ela teve toda delicadeza de vir conversar comigo. Foi quando trocamos telefone. Neste meio tempo, a irmã dela também teve câncer, então, começou um grupo para mulheres com este desafio de se ajudarem. Foi apelidado de Flores Raras e, hoje, conta com muitas mulheres”.
Tomou Proporção
“Dois anos se passaram, o grupo cresceu, cada vez mais pessoas e até profissionais passaram a nos doar lenços e cabelos. Foi quando eu e minha psicóloga tivemos a ideia de criar um banco de perucas. Criamos experiência, procuramos ajuda e, a partir de agora, queremos confeccionar essas perucas. Por se tratar de algo de alto custo, ser muito trabalhoso, a mulher que precisar, terá emprestada. Usará durante o tratamento, cuidará como se fosse dela, e, no fim do tratamento, irá devolver ao projeto para que outras mulheres possam receber o mesmo carinho”.
ONG
“Muitas mulheres souberam do grupo Flores Raras, passaram a saber e frequentar nossas palestras. O que era um grupo, atualmente, tramitam papeladas para se tornar uma ONG. Uma realidade a partir do dia que meu médico e minha psicóloga realizaram a primeira caminhada do ‘Flores Raras’ no Outubro Rosa. Todo o dinheiro arrecadado com vendas de camisetas neste evento nos foram revertidos, foi uma primeira doação em dinheiro. Então, vamos usar para fazer perucas. Já foi realizada uma doação no Centro de Oncologia. Os lenços, que foram muitos arrecadados, foram todos doados, para cidade da região, inclusive, para outros países”.
Rede de Apoio
“Não é só uma questão do lenço ser caro ou barato, muitas mulheres não têm acesso. O gesto é de carinho e apoio. Recebemos doações de maquiagem, bijuterias, sutiã pós cirúrgico e que tem alto custo, além de coisas que embelezam a mulher e ajudam a passar pela situação com autoestima. Uma profissional de micropigmentação de sobrancelhas e aréolas dos seios em todo ‘Outubro Rosa’ se voluntaria com este lindo trabalho…”
Todas envolvidas
A mulher que estiver fazendo o tratamento em qualquer lugar, não somente no Centro de Oncologia e precise deste apoio, pode entrar em contato conosco. A sede fica localizada no Centro de Oncologia, de Barão Geraldo, contudo, todas que precisarem podem contar conosco”.
Contato
Instagram: @floresraras
Facebook: Flores RarasGrupo do Whatsapp: Adicionar o contato (19) 99924 3933 (Adriana Montes)