Afinal, orar faz alguma diferença?

Um dos momentos mais dramáticos da história nos últimos 30 anos foi a queda do Muro de Berlim.
Uma das causas conhecidas para que o evento acontecesse foi o pacto feito entre Ronald Reagan e o Papa João Paulo II, e sua união nos esforços para acabar com o Comunismo no Leste Europeu. Outro fator importante foi a resistência de Reagan sobre o poderio militar dos EUA. No entanto, houve uma causa ainda mais importante que a maioria das pessoas desconhece.
Em 1982, um jovem pastor da cidade alemã de Leipzig, Christian Führer, abria as portas da igreja Nikolai todas as noites de segunda-feira para momentos de oração e discussões sobre liberdade. Essas sessões de oração cresceram, até uma noite, em outubro de 1989, com aproximadamente um grupo de 8.000 pessoas dentro da igreja, e milhares do lado de fora.
Um movimento nacional de liberdade nasceu no berço da oração. Pessoas de dezenas de milhares de vilas e cidades da Alemanha Oriental juntaram-se aos intercessores de Leipzig. Em uma das noites de segunda-feira de outubro, aproximadamente 1 milhão de pessoas oraram por liberdade. Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, o pastor Christian Führer comentou sobre a necessidade absoluta de fervorosa intercessão. Führer declarou: “Nós percebemos que se parássemos de orar, não haveria nenhuma esperança de mudança na Alemanha”.
Um ex-funcionário do governo comunista que havia trabalhado com a Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental, deu este incrível testemunho: “Estávamos prontos para qualquer coisa, exceto para velas e para oração”. O Muro de Berlim não resistiu ao som das fervorosas orações do povo de Deus unido em busca dEle.
Como funciona a oração que acontece quando oramos? Primeiramente, a oração abre nossa vida ao poder purificador de Deus. Durante a oração, o Espírito Santo faz um raio-x de nossa alma. Deparamo-nos com pecados escondidos e defeitos de caráter que nos impedem de ser as testemunhas poderosas que Ele deseja que sejamos. A oração nos leva a um relacionamento íntimo com Jesus. Na oração, abrimos nossa mente para a orientação do Espírito Santo. Nela, buscamos a Sua sabedoria, e não a nossa.
A oração também permite que Deus trabalhe de forma ainda mais poderosa do que se não tivéssemos orado. O conflito entre o bem e o mal é a batalha entre as forças do inimigo e as forças da justiça. A luta é real. Milhares de anjos bons e maus estão envolvidos. O livro bíblico de Apocalipse descreve essa batalha da seguinte maneira: “Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e seus anjos revidaram” (Apocalipse 12:7).
Um terço dos anjos do céu se rebelou contra Deus (Apocalipse 12:4). As forças do mal provocam desapontamento, doenças, desastres e morte ao nosso mundo, ao passo que as forças da justiça trazem alegria, paz, saúde e vida.
Enquanto oramos, Deus derrama Seu Espírito sobre nós. A oração permite que Deus ajude os necessitados. Dois versículos em 1 João explicam porque a oração é tão eficaz. O apóstolo declarou: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus” (1 João 5:14). Nossa confiança não está em nossas orações, e não está em nossa fé. Ela está em Deus. João continua: “se pedirmos alguma coisa de acordo com a Sua vontade, Ele nos ouve. E se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dEle pedimos” (1 João 5:14-15).
Você está com problemas que parecem imensuráveis? Conhece alguém que está desanimado? Tem amigos ou familiares que não conhecem a Deus? Tente mudar seus horários e permita-se ter mais tempo para conversar com Deus sobre esses problemas. Ele está ansioso para lhe ouvir.

 

Revista Sinais dos Tempos