O sistema de airbag é considerado item de segurança do carro, por isso, é preciso que seja feita a manutenção e troca, quando necessário. Caso contrário, pode acarretar no seu mau funcionamento
Desde sua criação, o sistema de airbag já salvou muitas vidas, porém, não é calculada a quantidade que esse dispositivo já fez em questão de segurança. Em 2014, definiu-se o uso obrigatório de airbag’s em todos os veículos de fábrica. Além desse, o sistema de freios ABS também passou a ser obrigatório.
Apesar de não se tratar de um sistema novo, muitos proprietários desconhecem ou fazem mal uso do sistema de segurança do carro, o que compromete a ação desejada da bolsa de ar.
O técnico em mecânica Valdinei Ramos explica que, ao contrário do que as pessoas pensam, quando o airbag é acionado, a função dele não é ir de encontro com a cabeça do motorista. Pelo contrário, a bolsa deve agir de maneira contrária, ou seja, a bolsa se infla e começa a murchar antes do motorista ser impulsionado para frente. A partir desse ‘murchar’, a cabeça do piloto deve ser acomodada de maneira que o impacto seja reduzido.
Lembrando que não é em qualquer colisão que ocorrerá o acionamento da bolsa, é necessário que o veículo esteja trafegando acima de 40kmp/h.
Outro fator desconhecido, e que também faz parte do sistema de airbag, é o cinto de segurança. “Em uma batida, explode uma cápsula que faz com que o cinto de segurança puxe o ocupante para junto do banco”, além disso, “se houver um problema no cinto de segurança, a luz de alerta do airbag irá acender”, explica o técnico.
Essa luz se posiciona no painel dos carros e é de extrema importância de que, quando acesa, o motorista leve o sistema para fazer uma checagem em uma oficina especializada. Pois, ela acende somente quando houver algum item com defeito, sendo assim, deve-se fazer a manutenção.
O técnico diz que a maioria dos problemas encontrados é referente ao mau contato.
A checagem é recomendada também para aqueles que adquiriram um carro seminovo porque o sistema tem sua vida-útil.

Sistema é acionado através do sensor de colisão, transferindo informação para o restante. (Foto: Divulgação)
Essa revisão tem o valor médio de R$ 120, dependendo do sistema.
O airbag tem uma validade, recomendada pelo sistema Norte-Americano, de 10 anos. Sendo assim, superior a esse período, a bolsa pode perder algumas propriedades e não funcionar de maneira adequada, comprometendo, assim, a segurança do ocupante do veículo.
Além da segurança, o seguro não pode ser feito se esse item não estiver conforme. Por se tratar de um item de segurança, não existe peça paralela ou de desmanche. Ramos lembra que “quem faz a manutenção do airbag precisa ter muita responsabilidade”.
Uma vez disparada a bolsa de ar, o sistema todo deve ser trocado, porém, somente é obrigatória a troca naqueles que forem acionados. Após essa troca, deve ser reiniciado o módulo, ou seja, “você tem que dizer pro módulo que foi feita a troca do airbag e que está pronto para funcionar”, afirma Ramos.
O airbag não dispara sozinho, somente se houver uma manutenção mal realizada e essa causar um funcionamento irregular do sistema.
O sistema passou por diversas mudanças. O técnico conta que, em carros antigos, existia a possibilidade de desligar-se o airbag do passageiro. Já hoje, esse acionamento é feito através de um sensor contido no banco do passageiro, que identifica a presença, ou ausência, do ocupante.
Nestas mudanças, incluíram-se também outros tipos de sistemas. Hoje, existe, além do motorista e passageiro, o do banco traseiro, da lateral e da cortina.