Álbum de figurinhas da Copa do Mundo vira febre entre colecionadores

A cada quatro anos, uma febre se espalha pelo mundo, atingindo crianças, jovens, adultos, homens e mulheres, e eles simplesmente adoram isso!
Estamos falando dos álbuns e figurinhas oficiais da Copa do Mundo de Futebol da Fifa, que será realizada na Rússia a partir do dia 14 de junho.
Há quase 50 anos, os álbuns de figurinhas da Copa do Mundo viraram febre mundial e, em 2018, estão prontos para continuarem a ser um sucesso entre os colecionadores.
É uma tradição dos boleiros desde 1970.
Bancas de jornais e revistas de todo o país são invadidas por fãs em busca do tão cobiçado álbum de figurinhas da Copa do Mundo, lançado pela editora Panini e que se tornou uma das maiores tradições das Copas.
Conversamos com Ailton Claro, de 55 anos, proprietário da Papelaria Mil Cores desde 2014. “No ano que começamos aqui com a papelaria, era o ano da Copa no Brasil, mas, não tivemos a oportunidade de vender os álbuns e as figurinhas. Já neste ano, estamos vendendo e estão sendo muito boas as vendas, que começaram agora em março.
Por incrível que pareça, há vários colecionadores do álbum da Copa do Mundo, então, essa procura é grande”, comenta.
De acordo com Ailton, além das vendas e do bom movimento da papelaria, as vendas do álbum trazem também benefícios aos colecionadores. “A coleção de figurinhas e as trocas vão estimular a comunicação entre os colecionadores, principalmente, se for uma pessoa mais tímida, de repente até uma nova amizade. E ainda no final, ele ficará contente após completar todo o álbum”, conta Ailton.
As figurinhas estão sendo vendidas por R$ 2,00 cada pacotinho, que contém 5 figurinhas ao todo. O álbum de capa dura, custa R$ 49,90; já o de capa comum custa R$ 7,90. O álbum completo tem 682 figurinhas.
Ailton dá uma dica aos colecionadores, para saberem quais figurinhas faltam para acabar o álbum: “fazer a tradicional tabela com os números das figurinhas faltantes em uma folha de caderno, podendo também fazê-la em um computador e imprimir, ou ainda utilizar de aplicativos para celular existentes nos dias de hoje”.
Com os avanços, hoje há alguns grupos nas redes sociais para trocas de figurinhas. “Esses grupos marcam pontos de encontro para as trocas, onde as pessoas fazem as trocas ou vendem as figurinhas consideradas difíceis. Nestes locais, vamos encontrar pessoas das mais variadas faixas etárias. Também é um ótimo momento para os pais saírem de casa com os filhos, acompanhá-los, ajudá-los e, por que não dizer, deixar de lado um pouco os celulares, videogames, televisores, conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Tudo isso é muito divertido… Inclusive, aproveito este espaço e convido os colecionadores a participarem do encontro de trocas que acontecerá aqui em frente da papelaria. Será neste domingo, dia 15, a partir das 08h30. Nosso endereço é Rua Monte Castelo, 940, perto da Escola Nicolau Nolandi. Venham! O espaço aqui é muito bom”, comenta.
Ailton finaliza afirmando que “é uma realização para mim, revender o álbum e as figurinhas. Quando eu era mais jovem, colecionava também. Lembro-me do ‘bolinho’ de figurinhas repetidas e a velha e eficiente folha de caderno com os números das figurinhas faltantes. Hoje, então, isso tudo para mim está sendo ótimo”.

João Gabriel Druzian, de 17 anos, colecionador desde 2010, nos conta sobre a sua coleção do álbum deste ano.
“Os álbuns da Copa são uma tradição, que, para mim, começou lá na Copa do Mundo de 2010, quando eu tinha apenas 9 anos. Eu acho que tudo teve início devido ao fato de eu ser apaixonado por futebol desde que era criança. Mas, ninguém da minha família colecionava, então, se tornou uma tradição que eu mesmo criei”, explica João.
O colecionador enfatiza que leva a montagem do álbum muito a sério. “Eu costumo montá-lo da forma tradicional, sem colar os argentinos de cabeça para baixo para “ziká-los” ou algo do tipo; gosto de ver meu álbum bonito e em ordem. Acho que, em pouco tempo, vou completá-lo – no máximo em 2 semanas -, ainda mais com as trocas de figurinhas nos fins de semana que acontecem nas bancas”.
Além disso, o álbum significa muito para João. “É como se eu sentisse uma nostalgia da minha infância. É algo que eu quero levar para a minha vida toda”, finaliza.