Alcoolismo também afeta diretamente os familiares

Ter problemas com bebidas é algo que ainda é muito comum dentro das famílias. Provavelmente, você conhece ou já ouviu alguém que passou por problemas relacionados ao alcoolismo.
O Alcoolismo é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma doença. O Alcoolismo não tem cura, mas pode ser detido, desde que o “Alcoólico” se abstenha do álcool, ou seja, o alcoólico deve “Evitar o Primeiro Gole”, explica Marco, membro do Alcoólicos Anônimos. “Se o indivíduo entende que ele é um Alcoólico, ou seja, que ele é dependente do álcool, então, ele deve evitar todo tipo de bebida alcoólica”.
Os familiares também são afetados pela doença, principalmente, por verem o sofrimento do doente alcoólico e, muitas vezes, não poderem ajudar, já que o “tratamento” depende única e exclusivamente do doente, começando por entender a dependência alcoólica e mantendo-se longe de bebidas alcoólicas. Para isso, as reuniões dos Grupos de AA espalhadas por todo o país ajudam os dependentes.
A família também pode ser afetada pela questão financeira, “muitas vezes, o doente alcoólico gasta grandes quantias com bebidas, deixando de comprar até mesmo o básico para a manutenção da casa”, explica Marco.
Um bom começo para lidar com um doente alcoólico é entender a doença do alcoolismo. “Não estou falando daqueles casos isolados quando alguma pessoa toma um ‘porre’ e dá aqueles shows. Mas, estou falando daqueles casos em que o indivíduo faz uso constante do álcool, ou seja, bebe todos os dias e em grandes quantidades”. Marco também aconselha o diálogo nos momentos de sobriedade, para poder expor as situações, muitas vezes, constrangedoras causadas por ele enquanto ébrio.

O que fazer?
Quando se identifica alguém alcoólico na família é importante procurar ajuda em grupos de autoajuda, assim como o AA. “Nesses grupos, o alcoólico vai encontrar pessoas com o mesmo problema dele e, então, através da troca de experiências, ele vai, aos poucos, entendendo a doença e a melhor maneira de controlá-la”, afirma Marco.
Caso o problema aconteça com você, o melhor a fazer é procurar ajuda com pessoas que têm o mesmo problema e que hoje levam uma vida normal porque aprenderam como se manter longe do consumo do álcool e, desta forma, controlar a doença e não ser controlado por ela.

Como diagnosticar?
– Consumo contínuo de bebidas alcoólicas e em grandes quantidades;
– Outro sintoma bem comum é quando a pessoa não sabe a hora de parar de beber, ou seja, depois que começou, ela só vai parar quando passar mal, vomitar ou acabar a bebida;
– Alcoólatras podem iniciar o dia com uma dose, sentir culpa por beber e tentar reduzir a quantidade consumida;
– Dificuldade para controlar o comportamento de consumir bebidas alcoólicas em termos de início, término ou níveis de consumo;
– Estado de abstinência fisiológico ao cessar ou reduzir o consumo da substância ou uso da mesma para aliviar os sintomas da abstinência;
– Evidência de tolerância: o indivíduo necessita cada vez mais de doses maiores a fim de alcançar os efeitos do álcool;
– Abandono progressivo de atividades e outros interesses em detrimento da bebida, além de maior quantidade de tempo necessário para se recuperar dos efeitos da mesma;
– Persistência no consumo do álcool, mesmo com evidências claras de que isso está prejudicando sua saúde, seu humor e cognição.