A data de 12 de junho está próxima e, no Brasil, nesse dia, celebram-se o amor e a união de casais. Nomeada como ‘Dia dos Namorados’, acredita-se que essa data foi escolhida por ser véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como o “santo casamenteiro”. Esse dia também faz parte da tradição de outros povos, como nos Estados Unidos e na Europa, em que é comemorado no dia 14 de fevereiro.
E por falar em amor, esse termo tem o significado de sentimento de afeição, carinho, paixão e grande desejo que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de demonstrá-lo. “Ele motiva a necessidade de proteção, mas, cada pessoa pode expressar seu amor de forma diferente. Normalmente, é simbolizado por meio do desenho de um coração e o cupido é a figura mitológica que personifica o amor. O amor não é uma única forma de relacionamento, mas, em uma relação verdadeira, sempre há alguma espécie de amor”, explica Maristela Ramos, Psicóloga.
Entende-se por relacionamento amoroso a existência de uma relação entre duas pessoas de vínculos familiares diferentes que se amam, podendo se tornar namorados, cônjuges, companheiros, amantes ou ficantes. “Uma relação amorosa envolve aspectos como afinidade, ser escolhido e escolher o outro e ter sentimentos semelhantes dirigidos a esse alguém. Dificuldades na relação acontecem quando as pessoas nutrem sentimentos diferentes um pelo outro, deixa de haver correspondência entre eles, ou problemas identificados como desamor, ciúmes, infidelidade, entre outros. O casal é responsável por aquilo que produzem em conjunto e que os une, o que pode ser saudável ou não para a manutenção e continuidade da relação”, pontua a especialista.
Em um relacionamento, não há como ter um roteiro pré-elaborado como um filme de comédia romântica ou um conto de fadas, nem mesmo se basear nas experiências de vida de pessoas próximas. Cada casal construirá o seu.
O perdão é algo que o casal deve estar disposto a praticar, “mas, não perdoar apenas da boca para fora, trazendo o vacilo do outro a tona em qualquer discussão. Viver junto é compartilhar e ceder também, as vontades e desejos de ambos devem ser levados em consideração. Admitir que está errado ou abrir mão de estar certo em algumas brigas pode poupar o casal de desentendimentos maiores”, aconselha a psicóloga.
Maristela diz que “o companheirismo é um dos itens mais confortantes de uma relação. Diante das quedas da vida, ter alguém do seu lado para te ajudar a levantar e vice-versa. Oferecer soluções e não apenas críticas”.
Amadurecer e crescer juntos
“Às vezes, um pode estar estagnado em alguma área da vida, e o outro em crescimento ou mudanças bem expressivas. Apoiar, incentivar e até aprender com o outro, mesmo que seu par esteja em um melhor momento que você. Comemorar com o outro pequenas ou grandes realizações”, lembra.
Respeitar os espaços é um respiro para a relação
A psicóloga explica que “uma relação não significa que não se possa fazer algo sozinho. Podem haver atividades ou passeios que tragam prazer apenas para um, e o outro também poderá ter seu espaço. O direito é para ambos. Mas, acompanhe o outro, mesmo que não curta tanto aquele programa, como ver um filme romântico ou de ação que ele(a) goste”.
Elogios são essenciais
“Apelidos carinhosos, dizer que ama, falar qualidades e os adjetivos que mais atraem são mimos que fortalecem o relacionamento. Surpreenda de vez em quando, quebre a rotina indo almoçar juntos durante a semana, ou chegando em casa com um pequeno presente que o outro goste fora de datas comemorativas”, sugere Maristela.
Evite a falta de diálogo
Se tiver algo a dizer, se algo incomodou, não espere que a outra pessoa adivinhe. “Se a pessoa não disser o que pensa
e sente, não tem como o outro saber e procurar agir diferente. Falar sobre sexo não deve ser assunto tabu para o casal, já que é uma parte muito importante do relacionamento, mas, não é tudo, apenas sexo não irá segurar o relacionamento”, esclacere.
Relacionamentos passados que fiquem no passado
“Um não precisa saber com quantas pessoas o outro já se relacionou, principalmente, sexualmente. Encontros em reuniões familiares podem aumentar o elo do casal, demonstram que a família da outra pessoa tem importância na vida dele(a)”, explica.
Essas são algumas sugestões que podem ajudar na manutenção de um relacionamento amoroso. A recompensa para estas atitudes costumam ser muito maiores do que se possa imaginar. Isso é cuidar de um relacionamento, “um relacionamento é algo ‘vivo’, como uma plantinha, deve ser regado e adubado, precisa ser olhado com carinho. Às vezes, se descuida e ele começa a murchar, o importante é perceber, para que ele não venha a morrer. Tenha como última opção: desistir, sempre tente e tente mais uma vez manter o relacionamento. Se preciso for, participe de encontros de casais que algumas religiões oferecem ou mesmo terapia de casais.
Infelizmente, também deve ser dito que, quando o relacionamento estiver muito mal, é preciso saber o momento de parar, desligar, dar um passo atrás e reconhecer que acabou, viver o luto da separação e novamente se abrir para um novo amor”, conclui a especialista.