O aneurisma cerebral é uma dilatação localizada arterial, onde as paredes ficam mais finas e propícias a
romper. Trata-se de uma condição que pode ser de cunho genético ou não. Quando ocorre no cérebro, é mais frequente localizar-se nas proximidades de uma estrutura chamada Polígono de Wills.
Na maioria das vezes, os aneurismas são congênitos, ou seja, provêm de característica do próprio indivíduo portador. Arteriosclerose (doença que causa o endurecimento das veias arteriais) e hipertensão, ou são a causa, ou pioram a situação do aneurisma pré-existente.
Segundo o neurologista Cleiber Stella, os sintomas iniciam-se após o rompimento do aneurisma, que acarreta dores de cabeça, vômitos e inconsciência. “Trata-se de uma urgência neurológica, com alto índice de mortalidade”, explica o neurologista.
Tratamentos e sequelas
Cleiber Stella afirma que, para início do tratamento, é necessário o estabelecimento do diagnóstico e da gravidade para assim expor o tipo de abordagem terapêutica. “Isso depende muito da experiência da equipe. Todavia, há basicamente a abordagem por microcirurgia (técnica que utiliza aparelhos de aumento, como microscópio e lupa cirúrgicos), e a endovascular (cirurgia para correção de obstruções arteriais)”, comenta.
Com relação às sequelas, o neurologista afirma que o vasoespasmo, o ressangramento e a hidrocefalia são os problemas mais frequentes. “Essas complicações se traduzem por inúmeros sinais e sintomas: epilepsia, paralisias, disfunção das funções psíquicas, etc.”, afirma.
Experiência
O professor José Antonio Cerqueira, também conhecido como Lebrinha, foi vítima do problema em setembro de 2010, de forma congênita, já que a má formação de uma das veias cerebrais desencadeou a condição. “Descobri que possuía o aneurisma através de uma angiotomografia cerebral com contraste. Naquela época, eu sentia muita dor de cabeça”, explica.
Segundo Lebrinha, o processo de tratamento consistiu em uma cirurgia no lado direito do crânio. “Hoje, não possuo nenhuma sequela”, conclui.