Pelos grisalhos no focinho e ao redor dos olhos, pele mais fina e seca, perda de massa muscular, capacidade pulmonar diminuída, perda de audição e visão são algumas características de quando o animal de estimação está chegando à terceira idade.
Segundo a veterinária Natalia Idalgo de Queiroz, a terceira idade chega em momentos diferentes, dependendo do porte de cada animal. “O porte é o principal fator para estabelecer o início da velhice para os cães”.
A expectativa de vida para cada animal é diferente. Os cães pequenos tendem a ter expectativa de 13 a 16 anos; de porte médio – 12 anos; e de porte grande, 10 anos de idade.
Além disso, cada raça tem sua peculiaridade e isso ajuda a interferir nos sinais de envelhecimento. “A raça dos cães também pode influenciar nas doenças que podem ser desenvolvidas, devido à predisposição genética que o animal apresenta”.
Natália Idalgo de Queiroz, Médica Veterinária
CRMV-SP: 23967
Clínica e Assessoria Veterinária
Fone: (19) 3872 – 1334
A veterinária explica que algumas doenças podem aparecer como, por exemplo: alterações no coração e rins; câncer; cálculo dental ou tártaro; artrose e outros problemas ortopédicos; aumento da próstata nos machos; catarata; incontinência urinária; diabetes mellitus; obesidade; e também disfunção cognitiva.
A questão da dentição também pede atenção, pois muitos animais perdem os dentes ao longo da vida. “O tártaro é um problema dentário que é mais comum em animais de pequeno porte e também nos cães idosos. O tártaro é uma placa que forma ao redor do dente e muitas vezes quase não se enxerga mais o dente”.
Atividades
Segundo Natalia, quando ficam idosos, os animais perdem parte da curiosidade pelo movimento, ficam mais quietos e também dormem mais do que os cães mais jovens. “Sua necessidade energética de manutenção diminui em cerca de 20% e a atividade também”.
Por isso, as atividades físicas, como passeios, devem ser mantidas. “O importante é não parar a atividade que o cão está acostumado, mas devem-se fazer passeios mais frequentes em menores tempos”.
Rações
Os cuidados com a alimentação do animal também devem ser redobrados. “Quanto mais velho o cão estiver menor a frequência de atividades físicas, então tem que dar uma ração específica que é a ração sênior”.
Além disso, a quantidade da ração deve ser a medida apropriada para a idade para não causar problemas de obesidade. “Se mantiver a mesma alimentação de quando eram jovens, podem ficar obesos”.
Segundo a veterinária, a terceira idade é a fase que os animais requerem maiores cuidados do proprietário e que, infelizmente, muitos abandonam seus cães na hora que mais precisam.
Natalia lembra que o grupo Mudando Destinos, que realiza todos os sábados feiras de adoções, tem aproximadamente 30 cães idosos a espera de um lar. “Dificilmente, vejo que esses animais foram adotados. Dependendo do ambiente, o animal idoso seria a melhor opção, pois não irão estragar os móveis”.
Para finalizar, Natalia explica que as pessoas devem ficar atentas aos primeiros sinais de envelhecimento e consultar o médico veterinário a cada seis meses para garantir qualidade de vida ao cão.
