Após realizar sonho de entrar na universidade, jovem com mobilidade reduzida enfrenta desafios

Cosmopolense Vitória Martins foi aprovada na USP, mas precisa de ajuda para seguir a nova jornada

Vitória Regina Ferreira Martins é uma jovem cosmopolense, de 24 anos, que, por sequelas de uma deficiência, hoje, possui mobilidade reduzida. Ao ser aprovada no curso dos seus sonhos na renomada Universidade de São Paulo (USP), hoje, enfrenta dificuldades para tornar esse sonho realidade. Conheça mais sobre sua história e veja como ajudá-la.

Início
“Eu sou uma pessoa com deficiência, que começou aos 7 anos. Eu perdi o movimento do corpo todo, cheguei a ficar acamada por um tempo e, depois, foram voltando os movimentos e ficaram só os pés sem movimento, como sequela da doença. Eu estudei em escola pública durante toda a minha trajetória e não tinha perspectiva de cursar um ensino superior, pois achava que não era para uma pessoa como eu.
Quando terminei o Ensino Médio, decidi prestar o Enem. Na terceira tentativa, passei no curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal de Lavras, onde fiquei por 5 semestres. Eu estava no curso pelo motivo do retorno financeiro, pois a minha vontade sempre foi dar uma vida confortável para minha família, mas, não me identifiquei com o curso e desisti”, conta Vitória.

Recomeço
“No ano de 2021, depois de muita reflexão, decidi que queria prestar para Ciências Sociais, que contém os assuntos que gosto de estudar. Fiz o cursinho popular do Núcleo de Consciência Negra (NCN) da usp. Foi uma fase muito difícil, pois meu computador estava com problemas e tinha que estudar pelo celular. Minha avó estava muito doente e, então, eu tinha que revisar os estudos e ajudar a minha mãe nos cuidados com ela. Por muitas vezes, pensei em desistir e me sentia incapaz de realizar o sonho de passar nas melhores universidades do país. Prestei o Enem, FUVEST e Comvest para Ciências Sociais. Passei para a segunda fase da Comvest e FUVEST, mas não passei. Passei pelo enem na Unicamp e na USP no curso que desejava”, esclarece Vitória.

Emoção
“Quando vi a aprovação, foi um momento de muita felicidade, pois lembrei de toda a minha trajetória até o momento, mas, ao mesmo tempo, foi um período muito difícil, pois a minha avó tinha falecido há pouco tempo. Pra mim, foi um momento de muita emoção, pois sou a primeira pessoa da minha família a entrar em uma universidade”, revela Vitória.
Dificuldades
“Por ser PCD, a dificuldade aumenta, pois o campus é bem grande, e tem a locomoção até a universidade. Os auxílios caem depois do início das aulas. Então, tive que tirar um dinheiro que não tinha para me manter nesse início em São Paulo. A entrada de uma estudante, preta, pobre e PCD (Pessoa com deficiência) não deveria ser tão difícil assim.
Eu decidi fazer uma campanha após ver outras pessoas fazendo no Instagram. Estou pedindo uma ajuda financeira que irá auxiliar em cuidados básicos, para a minha manutenção e permanência na universidade. O auxílio moradia da universidade é de R$ 500, mas é muito difícil achar uma moradia digna nesse valor próximo ao campus”, fala Vitória.

Ajuda
“Para apoiar financeiramente Vitória nessa nova jornada de sua vida, basta fazer uma doação de qualquer quantia através do Pix: ovihh@outlook.com
Caso necessário, é possível fazer contato com Vitória através do número (35) 8843-2177 (WhatsApp).