Em uma sexta-feira, decidi visitar meu pai, enfermo. Dois de meus irmãos e dois amigos viajariam comigo. No início da semana, minha mãe tinha me visitado porque eu estava me sentindo indisposta.
Sentindo remorso porque mamãe deixara meu pai naquela situação para poder me ver, não foi difícil decidir voltar com ela na sexta-feira e visitá-lo, já que eu estava melhorando. Assim, partimos para uma viagem de cinco horas no fim da tarde de sexta-feira, com seis pessoas no carro.
Depois de viajar por algum tempo sob chuva muito pesada, deslizamos para dentro de uma valeta que havia sido feita cortando a estrada, o que arruinou um dos pneus traseiros. Era óbvio que a valeta tinha sido cavada por desordeiros que tiravam vantagem de infelizes vítimas como nós, assaltando-as. Meu irmão, ao volante, estacionou o carro e nós saímos de dentro do veículo. Justamente aí percebemos que não havia pneu sobressalente. O que poderia ter servido como reserva não tinha o aro.
Continuamos a viagem a uma velocidade muito baixa, orando para encontrar um mecânico ou um lugar seguro onde ficar. Depois de algum tempo andando com um pneu bastante cortado, finalmente encontramos dois guardas-noturnos vigiando um posto de gasolina. Entramos direto no posto. Os dois homens explicaram que o único mecânico naquela região não poderia sair da cidade àquela hora da noite. Já eram mais de 10 horas e havia toque de recolher na cidade próxima, onde ele morava.
Meu pior temor se confirmou – teríamos, todos, que dormir ali, perto dos vigias que não conhecíamos. Exclamei: “Mamãe, esses homens são totalmente estranhos!”
Sem se abalar com meu escândalo, mamãe respondeu: “Vamos orar.” Assim, oramos. Um a um, os demais caíram no sono. Quanto a mim, continuei em uma intermitente vigília. Justamente aí, Deus falou comigo: Filha, você pode mesmo proteger a si mesma? Por que não confiar sua vida às Minhas mãos? Estou aqui. Isso resolveu a questão. Por fim, consegui dormir.
Pela manhã, meu irmão, na companhia de um dos guardas-noturnos, saiu para consertar o pneu e, pouco depois, continuamos a viagem.
Desde então, tenho aprendido a confiar mais em Deus. É Ele quem pode me guardar em segurança, mesmo quando enfrento o temor, mesmo no vale da sombra da morte.
Meditação da Mulher
Casa Publicadora Brasileira