Aproveite o período da Quaresma para ter mais saúde

Acaba-se aumentando o consumo de peixes que, por sua vez, traz benefícios como melhora da memória e concentração, previne doenças cardiovasculares e doenças inflamatórias

Nessa última quarta-feira (02), tivemos o início da Quaresma, que é um período de preparação que antecede a Páscoa na tradição cristã. Tradicionalmente, esse período se estende por 40 dias, iniciando-se na quarta-feira de Cinzas e se encerrando no Domingo de Ramos, ou seja, uma semana antes do domingo de Páscoa. É um período caracterizado pela reflexão, oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos pelos quais Ele suportou em Sua crucificação. Entre os sacrifícios realizados na Quaresma está o não consumo de carne vermelha. Então, venho aqui trazer neste texto o impacto desta prática do ponto de vista nutricional.
A carne vermelha possui mais gordura saturada em sua composição do que as carnes brancas, o que pode vir a prejudicar não só o resultado da dieta de emagrecimento, por ela ser mais calórica, mas também pela sua dificuldade de digestão, não sendo recomendada para pessoas com refluxo, gastrite e outros problemas gástricos.
Praticar essa tradição pode trazer também muitos benefícios, pois, segundo o INCA (Instituto Nacional Contra Câncer), o consumo de carnes e processados como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru, principalmente pelos seus conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto).
Neste período, acaba-se aumentando o consumo de peixes que, por sua vez, traz benefícios como melhora da memória e concentração, previne doenças cardiovasculares e doenças inflamatórias, como a artrite, e isso tudo devido ao seu teor de ômega 3 que favorece a melhora da imunidade e a prevenção de doenças, como o AVC e o infarto. Os peixes mais ricos em ômega 3 são os provenientes de águas salgadas e profundas, como o atum, a sardinha e o salmão. Além disso, por terem um valor energético menor que as carnes vermelhas, acabam auxiliando na perda de peso.
As proteínas são responsáveis pela formação da massa muscular, reconstrução de tecidos, como, cabelo, pele, unhas e até pela cicatrização e promovem a saciedade, lembrando que a forma de preparo deve ser levada em consideração.
Não existe nenhum risco para saúde se excluirmos a carne vermelha da nossa alimentação, porém, não podemos ficar sem o consumo adequado de proteína.
Pensando nisso, criei uma lista com os principais alimentos e suas quantidades de proteínas.

Alimentos lácteos:
Iogurte grego (170g) = 18g de proteína
Queijo cottage (113g) = 14g de proteína
Iogurte desnatado (1 copo) = 11g de proteína
Leite (1 copo) = 8g de proteína
Leite de soja (1 copo) = 8g de proteína

Leguminosas:
Feijão carioca (½ copo) = 11g de proteína
Feijão azuki (½ copo) = 9g de proteína
Lentilha (½ copo) = 9g de proteína
Vagem (½ copo) = 9g de proteína
Feijão preto (½ copo) = 8g de proteína
Quinoa (½ copo) = 4g de proteína

Origem animal:
Salmão (85g) = 22g de proteína
Atum (85g) = 22g de proteína
Camarão (85g) = 20g de proteína
Ovo (unidade) = 6g de proteína

Grãos e oleaginosas:
Grão de soja (28g) = 12g de proteína
Sementes de abóbora (28g) = 9g de proteína
Amendoim (28g) = 7g de proteína
Amêndoas (28g) = 6g de proteína
Pistache (28g) = 6g de proteína
Grão de chia (28g) = 5g de proteína
Nozes (28g) = 4g de proteína

Independente desse período, aproveite para uma mudança verdadeira de estilo de vida e que esses hábitos não sejam cultivados apenas nessa data, mas todos os dias.

Angelica Almeida
Nutricionista – CRN: 47203-
(19) 98402-4490 /3812-3352
@angelicaalmeidanutri
Clínica Climetra
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