Mesmo desconhecido pela maioria dos cosmopolenses, o Areeiro é visitado por ciclistas, praticantes de trekking e hiking
Com acesso difícil, apenas sendo possível chegar a pé ou de bicicleta, o Areeiro está embrenhado na mata nativa. A mistura de cores entre o solo arenoso, a mata ao redor e uma vista de toda a região enriquecem os olhos de quem visita o lugar.
De longe, se vê a Pedra Branca, uma das partes mais altas da localidade, que influenciou em um dos diversos nomes que possui; além de ser chamada de Pedra Branca, também é conhecida como Areeiro e Grutinha da Parda.
O nome de Grutinha se deve à semelhança com a Gruta do Carrapicho no passado, por conta da coloração e das encostas, lembrando uma gruta. Esse apelido foi dado pelos moradores da Colônia Carandina, que era edificada nesta região.
Porém, as pedras e a areia foram consideradas de boa qualidade e muito do que tinha no local foi utilizado, principalmente, para a construção civil, causando erosão e destruição das encostas que davam esse ar de gruta.
O Areeiro fica na região da Gruta do Carrapicho e da Ponte Funda, bem no limite do nosso município com Limeira. Porém, diferente da Gruta, ali não são encontradas nascentes de água. O solo é arenoso e calcário; sendo assim, a água da chuva não é absorvida por ele, é praticamente impossível formar lagoas ou nascentes.
Quem passeia pelo local pode ver também diversos montes de areias bem brancas, várias formações com areias mais escuras e erosões. Todos esses aspectos transformam esse lugar num refúgio perfeito para quem quer ter contato direto com a natureza. O pôr do sol é de tirar o fôlego dos visitantes que se aventuram por lá.
Essas características naturais, como o clima, a mata circunvizinha, as paredes formadas por arenito tornaram o local habitat de onças pardas, que são comuns na nossa região.
Atualmente, a região da Pedra Branca, da Ponte Funda e da Gruta do Carrapicho, ligadas pela mata fazem parte do “Corredor de Onças”, que é um projeto de extrema importância para a proteção ambiental desenvolvido pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) com parceria com a Unicamp. O ARIE Matão (Área de Relevante Interesse Ecológico Matão de Cosmópolis) também integra o corredor.
Mesmo desconhecido pela maioria dos cosmopolenses, o Areeiro é visitado por ciclistas, praticantes de trekking e hiking; seja para apenas apreciar a vista, seja para viver uma aventura ou para entrar em contato com a natureza, tornando o local um ponto importante de interesse turístico.
Texto: Letícia Atmann Frungilo
Secretaria de Cultura e Turismo de Cosmópolis
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