ARIE do Matão é atingida por novo incêndio

Equipe batalhou e conseguiu combater, impedindo que chegasse à mata ciliar do Rio Pirapitingui, o que ocasionaria um prejuízo enorme à natureza

Na quinta-feira (09), mais uma vez, o fogo atingiu a ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) do Matão.

A equipe de Proteção e Defesa Civil foi chamada e enfrentou mais uma batalha árdua para conseguir conter o fogo e impedir que destruísse toda uma área de preservação. Segundo Reginaldo Risonho, coordenador de Proteção e Defesa Civil, “esta pode ter sido a maior área já devastada pelo fogo que eu já atendi no Matão da Usina Ester. Dá pena de ver a situação. Ainda não tenho o tamanho exato da extensão atingida, porém, a equipe batalhou e conseguiu combater, impedindo que chegasse à mata ciliar do Rio Pirapitingui, o que ocasionaria um prejuízo enorme à natureza.

As chamas foram contidas dentro da mata, numa grande extensão; também contivemos as chamas na palha da cana-de-açúcar para não passar para a mata ciliar e foi feito o rescaldo. Porém, infelizmente, estragou bastante…”.

A equipe de Cosmópolis também teve o apoio da Usina Ester e Defesa Civil de Artur Nogueira no combate ao incêndio.

Prevenção e causas dos incêndios de forma geral

“Uma das maneiras de evitar este tipo de incêndio é que as pessoas não façam despachos, deixando velas queimando na beira da estrada ou da mata. O vento, ou ainda os animais, podem derrubar, causando o início de um grande incêndio. Esclareço que não é nada contra a religião, e sim, instruo para que não faça na beira da mata.

Outra causa pode ser de forma criminosa, intencional.

As geadas também ajudaram muito. Este ano, os dias de frio intenso contribuíram para a seca da vegetação. Qualquer faísca é como uma pólvora, faz com que o fogo se espalhe de forma bem rápida. Inclusive, as plantações em volta do Matão também estão bem secas, por inteiro.

Nas outras vezes, queimava a vegetação mais seca nas extremidades, mas, dentro da mata, estava mais úmido, tinha vegetação verde… Este ano, a geada judiou um pouco mais e facilitou a propagação das chamas, causando uma devastação grande, comprometendo o biossistema farto, com bastante animais”, esclarece Reginaldo Risonho.

Fotos cedidas: Defesa Civil