Um artista completo, que desde pequeno mostrou possuir grande dom para a arte
O turismo é uma área muito dinâmica, muitos segmentos têm relação com essa área e uma das mais importantes é a arte. Existem destinos que atraem milhares de pessoas que viajam com o objetivo de visitar uma única obra de arte. Nossa cidade-universo também tem artistas e nós não poderíamos deixar de citá-los aqui.
Vamos começar essa campanha com Danilo Todero, 41 anos, um artista completo, que desde pequeno mostrou possuir grande dom para a arte. Atualmente além de artista, ele é estudante de direito criminal.
Aos oito anos, começou a desenhar e suas obras de arte não eram compreendidas, sendo muitas vezes criticado. Mesmo sem estímulo, não desistiu e cresceu desenhando. Aos poucos, sua arte foi evoluindo e mudando com ele.
Na adolescência, realizou pequenas exposições na escola. Ao se alistar para o exército, seus horizontes se expandiram e lá ele fazia desenhos gráficos, símbolos, iconografias. Saindo do período militar, passou a fazer letreiros na rua e grafite, para se sustentar.
Além disso, no decorrer de sua carreira, criou fanzines (uma obra não oficial produzida por entusiastas de uma cultura particular, para o prazer de outros que compartilham o mesmo interesse), esculpiu e pintou em tela. Ele também trabalhou com aquarela, esculturas em madeira, concreto celular, pedra sabão, basálticas e metais ferrosos.
Sentiu que Artes Plásticas era o seu caminho e para ter valor profissional, ingressou em 2003 na faculdade de artes. Formou-se com licenciatura plena em artes plásticas em 2007. Logo após, fez mestrado em dadaísmo, considerada, hoje, a sua linha.
Danilo Chinês, como é conhecido, é um artista completo, que olha a matéria prima com a alma e enxerga nela o conceito que quer passar. Ele encara sua obra como uma representação gráfica daquilo que enxerga. Com tanto potencial, muitas obras suas foram expostas em museus de renome do Brasil, entre eles, o MASP.
Nos dias de hoje, ele faz suas obras por satisfação pessoal, pois explica que o ramo de artes plásticas é muito difícil, principalmente para o artista brasileiro. Ele comenta que no Brasil, o artista não é valorizado e que no exterior, esse mesmo artista sofre xenofobia.
Danilo relata que muitas vezes gasta mais em material do que recebe vendendo sua obra e que os expositores ganham muito mais do que ele, que foi quem de fato realizou a obra de arte. Isso causa nele uma grande revolta.
Ele disse que por ser artista, foi marginalizado, ou seja, colocado à margem da sociedade, as pessoas não acreditavam no seu potencial. Ele passou a ter algum valor como artista após conseguir seu diploma.
Ele explicou que nesse mundo que a gente vive, é necessário ser capitalista e se enquadrar nos padrões exigidos pela sociedade, senão, é deixado de lado. Por vivermos em um mundo tão duro, Danilo precisou cursar uma segunda faculdade, assim conseguiu maior respeito.
“O artista não vive só de elogios, ele não pode viver só de migalhas. Nós não somos pombos. A mesma coisa que uma pessoa da sociedade comum precisa, eu também preciso, são as mesmas necessidades. Não dá para fazer o que gosta e viver do que você ama, é um mundo de ilusões”.
Sua obra Dadaísta, que rendeu o mestrado, foi doada ao Turismo e se encontra em local de destaque no nosso PIT (Posto de Informações Turísticas). É uma tela de pintura a óleo acrílico, que apresenta em sua estrutura materiais diversos e traz em seu conceito muito significado.
As obras desse artista cosmopolense são únicas, possuem estilo próprio e seguem a linha dadaísta. Ele está em processo de organização de mais uma exposição. Em breve, contaremos mais. Vamos valorizar nossos artistas!
Quem quiser encomendar uma obra de arte do Danilo, entrar em contato com ele pelo WhatsApp (19) 99451-6651
Texto: Letícia Atmann Frungilo
Fotos: Sílvio Alves
Facebook: turismocosmopolis
