Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. A inflamação crônica está associada à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. “Esses episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento”, explica Henrique Scursoni, médico Clínico Geral.
O especialista explica que os principais fatores (genéticos) que têm sido utilizados para prever se o chiado no peito recorrente na criança irá persistir na vida adulta são os seguintes: diagnóstico de eczema (alergia) nos três primeiros anos de vida; pai ou mãe com asma; diagnóstico de rinite nos três primeiros anos de vida; sibilância sem resfriado (virose); e eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de parasitoses).
“Os fatores ambientais que estão relacionados com o aparecimento da asma são: obesidade, exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente”, pontua Henrique.
Sintomas:
Segundo o clínico, os sintomas são: sibilancia, chamado de chiado no peito, “que ocorre, principalmente, no início da manhã e à noite, incluindo quando não relacionado com resfriados + tosse crênica + falta de ar + desconforto torácico + cansaço”, explica.
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito através do quadro clínico e histórico do paciente. “Sibilancia, o chiado no peito, incluindo quando não relacionado com resfriados + tosse crônica + falta de ar + desconforto torácico + presença de quadros alérgicos prévios + histórico familiar de asma ou alergia + exposição a agentes inalantes tóxicos e nocivos à saude, como tabagismo ou de origem ocupacional e exames complementares, como espirometria, medidas do estado alérgico, medidas seriadas de PFE (Pico de Fluxo Expiratório) entre outros”, esclarece o médico.
Tratamento:
Henrique explica que “o tratamento varia de acordo com o grau e intensidade da doença e suas exacerbações, podendo ser utilizadas medidas para controle de fatores desencadeantes, como controle à exposição a ácaros, pelos de animais domésticos, baratas, mofos, pólen e fungos, poluição ambiental, tabagismo, medicações que exacerbam a doença e causas ocupacionais, uso de medicações (corticóides inalatórios ou orais, broncodilatadores inalatórios ou orais e entre outros) e, dependendo da intensidade do quadro, pode necessitar de internação hospitalar e ventilação mecânica.
O principal objetivo do tratamento é para que o paciente consiga fazer suas atividades rotineiras normais, como trabalhar, praticar esportes, entre outros, sem que haja presença dos sintomas e para que não ocorra exacerbações do quadro, já que nesses períodos de agudização ocorrem, muitas vezes, o uso de medicações mais potentes, internações hospitalares, infecções oportunistas, necessidade de ventilação mecânica e até, em casos graves, evoluir para o óbito”.
Clima frio:
“Basta a temperatura e a umidade do ar baixarem, como nos dias típicos de outono e inverno, que as doenças respiratórias começam a fazer suas vítimas. Nariz escorrendo, tosse, dificuldade para respirar e irritação na garganta são alguns sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS ), o índice ideal da umidade do ar para manter a saúde é em torno de 60%. Nesta época do ano, esse volume cai para 30% e, com isso, os problemas respiratórios e as infecções por vírus e bactérias se tornam mais frequentes. Além disso, nos dias mais frios, acabamos tirando dos armários casacos, cachecóis, cobertores, luvas e edredons que estavam guardados há muito tempo e, junto com eles vêm também os ácaros, vírus, fungos e bactérias, que causam doenças comuns nesta época”, conclui o especialista.
Na presença de qualquer sintoma, é preciso recorrer a um médico capacitado para que haja o acompanhamento adequado.