Um deles está começando e o outro já é veterano na modalidade
João Pedro Rios (@espartano.ofc) sempre gostou de praticar esportes de maneira geral. Já se aventurou no futebol, handebol, basquete… Até chegou a fazer bicicross na cidade por um tempo, mas não conseguia se sobressair devido à falta de força que tinha nas pernas. Foi a partir disso que seu treinador o mandou para a academia, para que fosse feito um trabalho de fortalecimento. João, aos poucos, foi pegando gosto pela malhação e foi buscar informações para “crescer” fisicamente.
Porém, depois desse período, João passou por uma fase em que tinha que se dedicar aos estudos, o que o fez abandonar de vez o esporte. Mesmo após entrar na faculdade, sua rotina o impossibilitava de ter uma vida minimamente saudável, tanto mentalmente, quando fisicamente. A partir disso, ele deu a volta por cima e voltou a treinar e a ter o foco que tinha quando era ainda um adolescente.
Ele diz que no início das competições sempre é complicado, principalmente, por causa do preconceito das pessoas, que, muitas vezes, desconhecem completamente o esporte.
Mas, afinal, o que uma pessoa “comum” precisa fazer para ser um fisiculturista? João diz que o trabalho é árduo 24 horas por dia. O foco tem de ser total, voltado a uma dieta que não permite nenhum deslize. Para ser fisiculturista, a pessoa tem de blindar sua mente a fim de que o processo não tenha nenhum erro.
Acima de tudo, a paciência e a força de vontade são fundamentais para atingir os objetivos, pois o processo é muito longo.
A meta futura de João é sempre competir, ser reconhecido no meio e, principalmente, ser um ótimo treinador futuramente, e passar, a pessoas como ele, o conhecimento adquirido ao longo do tempo. João ainda está começando na categoria.
Já André Luiz Teixeira (@andre_teixeira_oficial), de 40 anos, é referência do esporte na cidade. Após começar em 2005, o operador de máquinas passou a competir apenas em 2016. Ele sempre se destacou fisicamente entre as demais crianças e praticou esportes na infância, mas, sempre almejando o fisiculturismo.
Para ele, o maior desafio do esporte é a falta de apoio financeiro, por se tratar de uma categoria ainda em ascensão. ”Como todos nós sabemos, tudo hoje em dia que está relacionado à saúde, alimentação e a estética em geral, é tudo muito caro, e essa falta de apoio, ‘patrocínio’ faz com que atletas de altíssimo potencial no esporte desistam e não sigam em frente”, diz André.
Ele já participou de diversos campeonatos, ganhando diversos títulos, em especial o Mr Universe Federação WFF 2017, onde conseguiu o título de atleta profissional.
Entre as competições, há outra que tem um valor muito especial. “Para mim, hoje, o campeonato de maior valor e destaque foi esse último que participei, dia 06/06/2021, pois, nele há muita superação envolvida. Campeonato Paulista federado pela WABBA Brasil. Esse foi o dia em que eu fiz história no mundo do fisiculturismo. Me consagrando a ser o único atleta a competir em 7 categorias diferentes e ganhar em todas elas, e dentre essas vitórias, 5 delas davam o direito a disputar o overall (que significa campeão absoluto) e eu ganhei as 5 categorias também, totalizando 12 vitórias em um único campeonato, algo nunca visto antes”, afirma André.
“Para mim, esse campeonato foi uma superação de vida, pois, ele marca o meu retorno aos palcos, e aos 40 anos de idade, após uma cirurgia realizada há alguns meses no tendão do ombro “supra espinhal”. Achei que nunca mais conseguiria erguer um peso ou treinar em alta intensidade, mas, graças a Deus, e com muita força de vontade e determinação, além da ajuda dos meus amigos próximos, eu consegui retornar na melhor forma física que já tive na vida, e ainda disputar com esses jovens na flor da idade e mostrar que o velhinho aqui ainda dá muito trabalho”, encerra.