Paula Guerreiro conta que já passou por experiências enriquecedoras ao longo de sua carreira
Paula Mathenhauer Guerreiro
Atriz e Jornalista
A atriz cosmopolense Paula Mathenhauer Guerreiro (34) é formada em Jornalismo pela PUC Campinas, é Técnica em Artes Dramáticas pelo Conservatório Carlos Gomes e possui mestrado em Artes da Cena pela UNICAMP. Ela conta que entrou no mundo das artes cênicas na pré- adolescência. Suas primeiras experiências foram com o Grupo Uriellos, com Babaw Bianchi e Alexandre Castelli. “Eles são minhas primeiras referências de artistas de teatro e os admiro e amo muito. Além do Uriellos, participei de aulas de teatro no Colégio Objetivo, onde estudava, projeto de teatro na Prefeitura de Cosmópolis e também curso livre do Téspis, em Campinas”.
Além da carreira de atriz, Paula também trilhou sua carreira acadêmica. “Me profissionalizei com o curso técnico de Arte Dramática, do Conservatório Carlos Gomes (de Campinas) e segui também carreira acadêmica, sendo formada em Jornalismo pela PUC Campinas e com a realização do mestrado na Unicamp e início do doutorado, que atualmente está trancado”, explica.
‘Herdeira’ da arte
O gosto pela arte veio desde muito nova, sendo que parte deste interesse foi herdados por conta dos pais. “Meu pai é um apaixonado por boa música, nos mais variados gêneros. E minha mãe, mais no campo da pintura, da escultura. E os dois gostam de teatro, ainda bem!”, fala.
Foi com o apoio dos pais que a cosmopolense começou a fazer aulas de teatro na cidade de Campinas. “Eles tiveram preocupação com a ideia de eu escolher uma profissão financeiramente muito mal valorizada no Brasil e me incentivaram a fazer a graduação em Jornalismo, que era outra paixão minha. Assim, eu me formei em jornalismo, mas meu caminho era mesmo no teatro. Então, parti para essa outra formação e, hoje, é meu único campo profissional. E eles não só aceitaram, como me apoiam e sempre vão ver as peças”, conta a atriz.
Ubu rei – personagem
‘Os Geraldos’
Ao longo da sua carreira de atriz, Paula já passou por experiências enriquecedoras. “Faço parte do grupo Os Geraldos, que existe há 15 anos em Campinas. Acabamos de viver uma experiência muito marcante, que foi realizar uma temporada de quase 2 meses no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, um dos espaços culturais mais importantes de São Paulo. Estávamos em cartaz com o espetáculo ‘Ubu Rei’, do dramaturgo francês Alfred Jarry e direção de Gabriel Villela, que dirigiu também nosso espetáculo anterior (e que continua em circulação), que é o “Cordel do Amor sem Fim – ou A Flor do Chico”, da dramaturga brasileira Claudia Barral.
Em São Paulo, de 27/01 a 12/03, foram 21 apresentações de casa cheia, com uma recepção muito calorosa da imprensa e do público. Ficamos muito felizes. E o trabalho com o Gabriel Villela, com quem estabelecemos essa parceria na criação dos dois espetáculos, já foi a realização de um grande sonho, porque é um dos diretores de teatro mais importantes e premiados do país, que abre muitos caminhos para a nossa circulação”.
“Em São Paulo, foram 21 apresentações de casa cheia, com recepção muito calorosa da i
Projetos
Com o sucesso da peça realizada em São Paulo, a atriz fala dos planos para o futuro. “Temos passado por circuitos teatrais muito tradicionais, não só no Sesc Consolação, mas nos principais festivais brasileiros, como o Festival de Curitiba, o Cena Contemporânea (em Brasília), o FENTEPP, em Presidente Prudente, dentre outras programações. Para este ano, estão previstos muitos projetos. Devemos levar nossos espetáculos para outros estados brasileiros, como Pará, Maranhão, Espírito Santos, Amazonas, entre outros, além da circulação pelo interior paulista, que está começando agora”, relata.
Além das peças de teatro, o grupo realiza um curso de de formação para atores. “Outra realização muito importante para o grupo é o Curso de Formação de Atores, que oferecemos desde 2015. Foi suspenso na pandemia e está retornando neste ano, em novo formato e com mensalidades gratuitas. Realizamos o curso na nossa sede, que é um teatro tradicional de Campinas – o Teatro de Arte e Ofício (TAO)”, conclui.
