Aumento no preço do arroz: veja quais alimentos podem ser substitutos

Embora outros alimentos tenham tido uma alta de preço ainda maior neste ano, é o arroz que vem dominando o debate

Daniela Belinatti Menardo de Oliveira
Nutricionista
CRN 10334
Clínica D´Marzio – Cosmópolis

Estamos passando por experiências difíceis na economia e, agora, o produto da vez é o famoso arroz. Tivemos algo parecido em 2014 com relação a proteína em que houve um aumento no preço da carne e tivemos que repensar alternativas para substituí-la, agora chegou a vez dos carboidratos.
O arroz que faz parte do prato dos brasileiros com a famosa combinação “arroz e feijão” ficou quase 20% mais caro desde o início do ano, enquanto o preço do feijão mulatinho subiu 32,6%.
Embora outros alimentos tenham tido uma alta de preço ainda maior neste ano, é o arroz que vem dominando o debate. E a maior questão seria qual alimento para substitui-lo.
Primeiramente, gostaria de ressaltar que todos os alimentos sofreram aumento, e dentre eles o arroz foi o que menos sofreu essa inflação.
Porém, se temos a intenção de substitui-lo e mantermos uma refeição qualitativa, temos ótimos substitutos como os tubérculos (batata, mandioca, cará, inhame, entre outros) que são tão nutritivos quanto.
Já o macarrão, cuidado com essa substituição, pois o mesmo acaba ficando mais caro quando consideramos a questão rendimento. Ex: um saco de um quilo de arroz, bem preparado, rende na panela pelo menos 2 kg. Se for um arroz do tipo 1, chega a virar 2,5 kg após o preparo. Já o macarrão, a tendência é não passar de 2 kg. E 1 kg de macarrão está custando em média de R$ 5,30 a 6,00, enquanto o quilo do arroz está custando R$ 4,90.
E outro detalhe seria pensar que se substituirmos o arroz por macarrão estaria deixando de consumir o feijão, já que este não “combinaria” com o macarrão. Lembrando que o feijão é uma ótima fonte de fibra e, além de conter carboidrato, possui proteína, o que para diabéticos e pessoas com resistência a insulina, tal combinação, auxilia muito, na questão de controle da glicemia.
Outro ponto importante é o glúten contido no macarrão, que muitos são intolerantes, mesmo não sendo considerados celíacos, percebo na prática clínica, que muitas pessoas relatam alguma intolerância com relação ao glúten contido no macarrão, por muitas vezes ser produzido por uma farinha de má qualidade.
Portanto, não se iluda com a troca do arroz pelo macarrão, mesmo com a inflação, ainda assim, é mais econômico o consumo do arroz, além da cultura e hábitos que já temos pelo seu consumo.