Baixa umidade do ar prejudica saúde dos animais

Com a umidade do ar relativamente baixa, os animais de estimação, tanto cachorros quanto gatos também precisam de atenção.
De acordo com a médica veterinária Shirley Favião, no período seco, os humanos e os animais estão propensos ao aparecimento de problemas respiratórios e cutâneos. “O sistema respiratório dos animais é próximo ao nosso, em questão de elementos; os únicos que são diferentes são aqueles animais com focinhos mais curtos”.
Nessa época do ano, é comum os animais apresentarem problemas como: dificuldades respiratórias, asma, gripe, tosse, queda e opacidade dos pelos, escamações, alopecias, cansaço, boca seca, secreção nos olhos e desidratação.
Uma consequência mais séria da baixa umidade na saúde dos cães e gatos é a conjuntivite. “Ela acontece porque os olhos dos bichinhos podem ficar vermelhos, com secreções lacrimejantes e com coceira. Manter os olhinhos sempre limpos, usando soro fisiológico, ajuda a resolver”.

Shirley Favião
Veterinária
CRMV – SP 23161
Atende na Agropecuária Bom De Bico
Horário: segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas

No caso de problemas respiratórios, a tosse, o espirro e o catarro podem evoluir para uma pneumonia. “Quando o tutor perceber que o animal está nesse nível, tem que procurar um veterinário para analisar e saber o que é o recomendado”, esclarece.
As raças que têm focinho curto, chamados de braquicefálicos, como os animais da raça Pug, Shih Tzu, Buldogue e Pequinês, podem sofrer mais e ser também os afetados pela baixa umidade do ar. “Os cães de pequeno porte podem sofrer queda de resistência no organismo e devem ser medicados, para que essas doenças não se agravem”.

Dicas para ajudar a enfrentar a baixa umidade
A veterinária Shirley Favião lista o que os tutores podem fazer para ajudar os animais a enfrentar melhor a seca:
– Distribuir diversos bebedouros no ambiente, que podem facilitar a hidratação;
– Deixar toalhas molhadas com água próximas aos locais de descanso dos animais;
– Banhos regulares com shampoo hidratante específico para os animais;
– Trocar a água várias vezes ao dia;
– Inalações com soro fisiológico para amenizar os efeitos do ar seco;
– Manter a vacinação em dia, principalmente contra gripe;
– Levar sempre recipientes de água durante os passeios.

Além disso, a veterinária também recomenda que é importante não utilizar o shampoo de seus tutores, pois o pH dos animais é diferente do ser humano e pode piorar ainda mais a situação do animal.

Passeio
De acordo com a veterinária Shirley, nesta época do ano, ao caminhar, é necessário observar o comportamento do animal. Se estiver procurando por sombra ou grama é porque o chão está muito quente. “É importante sim fazer caminhadas com os animais, mas deve ser feita logo pela manhã ou no fim da tarde. E não pode se esquecer de levar um recipiente com água para que o animal não se desidrate”.

Carrapatos
Durante o período seco, a proliferação de carrapatos e pulgas é comum, por conta da falta de chuvas, que são trazidos por pombos e pardais.
Shirley destaca que os tutores, para evitar a presença dos ectoparasitas, devem “limpar o ambiente com produtos específicos, colocar coleiras anticarrapatos, e também existem comprimidos e óleos para passar no corpo dos animais”.
É importante ressaltar que esses produtos têm prazos de validade, que devem ser respeitados.