Os componentes elétricos do carro são diversos, e uma boa parte deles é totalmente responsável pelo funcionamento do carro. E qual motorista não tem aparelhos extras que exigem energia para funcionar, como rádio, ar condicionado ou vidro elétrico? Um dos principais componentes do sistema elétrico é a bateria, que exige atenção por ser um item tão importante.
A bateria do carro serve como um acumulador de energia para todos os componentes elétricos do veículo, como rádio, ventoinha, ventilador, ar condicionado etc. De acordo com o mecânico Diogo Rafael de Melo, existem dois tipos de baterias: a que precisa olhar a água, que é a não-selada; e a que não precisa disso, a selada. “Atualmente, 80% das baterias são seladas, quase não são mais fabricados carros com a bateria não-selada. Para saber qual é a bateria do seu carro, repare se ela tem um visor, como se fosse um ‘olhinho’, na parte de cima; se não tiver, é porque ela não é selada e precisa ter a água verificada mensalmente”, indica o mecânico.
Diante disso, o especialista faz um alerta: “Nós dizemos que é preciso olhar a ‘água’, mas, na verdade, não é a água comum; tem que ser a destilada ou uma solução para bateria. Não se deve jamais colocar água da torneira, porque ela tem cloro e pode estragar a bateria”, adverte.
Para que a bateria se conserve por mais tempo, o profissional aconselha que o motorista vá mensalmente a uma oficina para medir o alternador, que é responsável por mandar carga para a bateria. “A bateria é responsável por acumular carga; ela não gera energia para o carro. Então, é importante atentar-se ao alternador, porque, se ele não conseguir fornecer energia para a bateria, ela pode estourar”, esclarece ele. Portanto, mensalmente, Diogo aconselha que é bom olhar o alternador para verificar se ele está gerando e mandando carga suficiente para a bateria.
Mesmo que seja feita a verificação correta e no tempo certo, toda bateria tem uma durabilidade, o que vai depender da marca. “Hoje, existem marcas disponíveis no mercado, que são as que trabalhamos aqui na loja, de primeira linha. Essas têm um ano e meio de validade e amperagem convencional de 60 ampères”, informa o mecânico.
Na hora de comprar a bateria, o motorista deve ficar atento à amperagem, que é a capacidade de carga de uma bateria. “Se a pessoa coloca algo a mais no carro, como um vidro, um som ou outro aparelho que exija energia elétrica, ela precisará de uma bateria de mais potência, se não ela pode descarregar muito rapidamente”, alerta Diogo.
Cada modelo de carro tem definida sua amperagem específica, que já vem de fábrica. Porém, com o passar do tempo, o dono do veículo pode querer colocar outros equipamentos no carro, exigindo mais energia elétrica. “Nesse caso, é preciso aumentar a amperagem, e é possível aumentar de acordo com o uso da bateria. A amperagem da bateria varia de 40 a 150 amperes, que consta no manual do proprietário de cada veículo, sendo a mais baixa com menor capacidade, e a mais alta, com maior”, explica o especialista.
Existem algumas atitudes que podem danificar a bateria, como, por exemplo, fazer ligações elétricas inadequadas. “Também podem haver danos se algum fio encostar na lataria e ocorrer algum curto circuito. Isso pode gerar riscos de o proprietário do veículo perder a bateria, mesmo se ela for nova”, adverte o mecânico.
No frio, é mais comum que os motoristas percebam que o motor de partida dá problemas, demora um pouco mais para pegar. “Isso ocorre porque o ambiente frio exige mais esforço da bateria. Qualquer carro, independente se for a álcool ou gasolina, é sempre bom olhar a parte elétrica para ver se está injetando o combustível de manhã, para ajudar na partida”, aconselha o especialista.
De acordo com Diogo, uma bateria nova e boa pode custar R$320, e uma segunda linha, em torno de R$220, na amperagem mais usada, que é de 60 ampères. O preço aumenta de acordo com a amperagem da bateria. “É claro que, ao adaptar mais acessórios no veículo, será necessário fazer a troca de baterias com amperagem maior”.