A automedicação é comum no Brasil, porém, esse ato pode acarretar riscos e consequências à saúde a longo prazo
Nas últimas décadas, devido a alimentação atual em decorrência das mudanças no estilo de vida e no padrão alimentar da população, com alto consumo de fastfoods, alimentos industrializados ricos em açúcares e gorduras, é fácil encontrar uma deficiência nutricional devido à carência de nutrientes provenientes de frutas, verduras e legumes. Com isso, suplementos vitamínicos e alimentos enriquecidos tornam-se práticos e o alto impacto da indústria farmacêutica aliada a mídia social devido à “preocupação” com a saúde e a facilidade de comercialização dos suplementos multivitamínicos, há um estímulo de grande impacto na compra dos mesmos sem a prescrição de um nutricionista ou médico. A automedicação é comum no Brasil, porém, esse ato pode acarretar riscos e consequências à saúde a longo prazo.
No Brasil, os produtos à base de vitaminas e minerais são classificados em duas categorias: suplementos e medicamentos à base de vitaminas e minerais, sendo diferenciados pelo nível de micronutrientes e dosagem diária. Segundo a Vigilância em Saúde do Ministério de Saúde (SVS/MS), o suplemento vitamínico alimentar tem caráter de complementar os nutrientes da dieta de um indivíduo saudável, onde a sua ingestão pela alimentação seja insuficiente. Sendo assim, os suplementos alimentares devem conter de 25 a 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitaminas e minerais, na porção indicada pelo fabricante, não podendo substituir os alimentos, refeições, nem ser considerado dieta exclusiva. Já os medicamentos à base de vitaminas e minerais são posologias acima de 100% dos valores definidos pela IDR.
Atualmente, há maior prevalência de consumo os suplementos multivitamínicos e minerais e de vitamina C, Ômega 3 e colágeno, sendo o público de academia, idosos e mulheres. Nos últimos anos, a prevalência da deficiência de vitamina D tem aumentado devido aos hábitos de vida moderna e redução à exposição solar pela população afim de evitar o câncer de pele. Sendo assim, a procura de suplementos de vitamina D e a auto suplementação tornou-se comum. Durante vários anos, a utilização de cálcio era indicada para prevenção de osteoporose, sendo mais consumida pelos idosos, porém, os estudos recentes mostram que podem ocorrer complicações cardiovasculares devido às dosagens sem consentimento médico e nutricional. Sendo assim, estudos realizados pelo instituto de medicina dos USA as pesquisas demonstraram que indivíduos saudáveis que ingerem as quantidades de vitaminas e minerais pela alimentação não tem necessidade de suplementação, no entanto, a população brasileira tem se mostrado deficiente em relação ao consumo de alimentos provenientes de vitaminas e minerais, sendo necessária a avaliação com exames bioquímicos individualizados para definir qual a real necessidade de suplementação nutricional.
A nutrição funcional, uma área da nutrição com a qual eu trabalho no consultório, visa alguns pilares para o tratamento nutricional, com cunho terapêutico e preventivo com base na individualidade bioquímica, pois, cada indivíduo é único, o tratamento é centrado no paciente, tratando causas e não sintomas, buscando o equilíbrio nutricional e a biodisponibilidade dos nutrientes de acordo com a absorção e ação de cada nutriente no tecido alvo, visando a saúde como vitalidade positiva em todos os sistemas metabólicos dentre as relações, entre eles: sistema mental, espiritual e emocional, sistema de defesa, transporte, energia, integridade estrutural, comunicação, biotransformação e assimilação.
Com base nos estudos, como nutricionista, a minha visão é de buscar cada pilar da nutrição funcional como acima mencionado, para então ter o cuidado individualizado e centrado na qualidade de vida do paciente, afim de ser uma suplementação nutricional individualizada, pois cada organismo reage de uma maneira e tem uma necessidade específica. Lembrando que o alimento é a fonte primária dos nutrientes e uma dieta elaborada pelo nutricionista pode suprir as demandas do organismo, utilizando os suplementos apenas para complementar o que a dieta não cumpriu, sendo identificadas as carências nutricionais através dos exames bioquímicos e assim ter uma prescrição e ação efetiva na sua individualidade.
Deixo a minha pergunta a você: “Você se auto suplementa?” Que tal ter uma vida saudável de acordo com a sua necessidade, com ajuda de um nutricionista?! Fica meu convite a você! Faça escolhas saudáveis e consuma suplementos apenas com indicação médica e de um nutricionista.
Dra. Larissa Fernanda da Silva – Nutricionista
CRN3 – 61314
Instagram: @larissafernanda.nutri
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