Bernadete Gasparotto é a personagem do “Minha Vida, Uma História” desta semana.
Atualmente, com 55 anos de idade, a funcionária pública inicia contando que nasceu no Nosso Sítio, pertencente à Limeira. “Minha infância foi ótima por lá. Vivi rodeada por uma família grande e isso sempre me fez muito feliz!”, conta.
Para Bernadete, a cidade de Cosmópolis sempre fez parte de seu cotidiano. “Apesar de morar quase em Limeira, estudei aqui e sempre vinha junto à minha família para fazer compras e coisas do tipo. Já mais crescida e formada, no ano de 1983, passei a trabalhar para a Prefeitura, o que me trouxe definitivamente para cá”.
Segundo ela, em sua época, não havia concurso para introduzir-se na área pública. “Para trabalhar nesses setores, era necessário ter indicação. Eu, por exemplo, consegui uma vaga na biblioteca a partir de uma conversa do meu pai com o finado ex-prefeito Orlando Perucci. Por eu estar precisando de um emprego, assim que uma vaga surgiu, ele me chamou”, afirma.
Seu primeiro emprego na cidade fora na Biblioteca Municipal onde, atualmente, está instalado o Fórum. “Comecei lá sem saber do que se tratava, mas, conforme o tempo passou, fui conhecendo o ofício e me apaixonando pelos livros. Dez anos depois, iniciei um trabalho na escola da Usina e, conforme fui conhecendo pessoas, introduzi-me em novos cargos. Já trabalhei na área administrativa de diversas escolas municipais por Cosmópolis, mas, confesso que sempre amei muito mais lidar com a parte cultural”, comenta.
E o amor pela cultura se mostrou presente desde o início na vida de Bernadete Gasparotto. Segundo ela mesma, trabalhar com a área histórica e de resgate sempre foi uma de suas paixões. “Gosto de fazer parte da produção de todos esses projetos que temos na cidade, inclusive, tenho um grande apreço pela Festa do Imigrante”.
Já com relação às dificuldades enfrentadas como funcionária pública, Bernadete afirma ter sofrido e ainda sofrer com alguma. “Dificuldades encontramos em todas as profissões. No serviço público não é diferente, mas algo que as pessoas não entendem é que a Prefeitura é uma empresa, que, inclusive, não trabalha com o dinheiro próprio, mas sim, o dinheiro da população. Acaba havendo certa pressão, pois, é uma responsabilidade enorme. Além disso, é uma área que vive rodeada de imprevistos, estes que devem ser solucionados com uma verba que não afete outra parte das responsabilidades municipais. Isso é extremamente difícil de se lidar”, desabafa.
Mas, apesar de tudo, Bernadete diz amar o que faz. “Sou muito feliz e grata! Além de ter um emprego que adoro, tenho uma família maravilhosa e vivo em uma cidade que quero ver bem e em constante evolução. Tenho fé nas pessoas e acredito que elas tenham a capacidade de melhorar nossa situação; tudo que precisamos é ter mais amor ao próximo e levar a vida com mais leveza”, conclui.