A autoestima é, em sua essência, o sentimento que nutrimos por nós mesmos, sendo ele positivo ou negativo. A psicóloga Maristela Lopes Ramos disserta sobre a importância da busca por esse sentimento em sua melhor forma, expondo os benefícios e malefícios de uma má interpretação da questão.
A ideia que cada um possui sobre si reflete diretamente na vida pessoal, principalmente, nos que o rodeiam. “Quando uma pessoa está bem com ela mesma, acaba transmitindo esse bem estar aos outros”, explica a psicóloga. Além disso, buscar avaliar-se com bons olhos pode incentivar o cuidado da saúde física (praticando exercícios físicos), emocional (fazendo terapia), e da aparência (cabelos, barba, pele, roupas limpas, higiene, entre outras).
Maristela ainda ressalta que a ideia comum de que autoestima é algo a estar sempre elevado é inteiramente falsa e prejudicial. “Ficar com a autoestima alta o tempo todo será cair na armadilha do orgulho, da prepotência, da presunção e da vaidade, ou seja, a pessoa vai se achar o ‘máximo’, melhor que todo mundo e acreditar que suas verdades são absolutas”, afirma.
A autoestima também não se relaciona a uma modéstia fora do comum. Rebaixar-se perante situações, por acreditar que não possui o potencial necessário para lidar com aquilo se enquadra muito mais a pessoas que não confiam e respeitam a si mesmas.
“O ideal é que ela esteja estável, isso quer dizer, não é preciso achar-se a melhor pessoa do mundo, nem a pior. É preciso gostar de quem se é, respeitar os próprios ideais, buscar a felicidade em si mesmo e fazer o que se gosta. Momentos de desequilíbrio existirão, o importante é conseguir identificar quando se precisa de ajuda terapêutica para ajudar no restabelecimento do equilíbrio”, explica Maristela.
Os benefícios desse equilíbrio podem ser vistos, principalmente, em questões sociais.
“Quando se está com a autoestima positiva (estável) provavelmente se estará mais aberto às críticas e mais a vontade em reconhecer os enganos, pois, a autoestima não estará presa a uma imagem de ‘perfeição’”.
Maristela ainda afirma que, entender e gostar de si mesmo reflete em melhorias na postura, na desenvoltura e na menor incidência de sentimentos como insegurança e ansiedade.
A busca por uma autoestima positiva é necessária, afirma a psicóloga. “Fazer terapia é um processo que promove o autoconhecimento e a ressignificação de experiências vividas que podem ser responsáveis pelo desequilíbrio do amor ou estima que se tem de si mesmo”, finaliza.