O mercado automotivo apresenta cada vez mais novidades para o conforto e segurança do motorista. Existem opções para todos os tipos de gostos e preferências, como é o caso dos câmbios.
Os câmbios podem ser divididos em três tipos: mecânicos, automáticos e automatizados ou semiautomáticos. Os mecânicos, ainda presentes na maior parte dos carros que circulam no Brasil, é o manual, que depende totalmente da ação do motorista. Já os automáticos são totalmente independentes e não precisam de intermédio manual para realizarem sua função. Porém, existe também o automatizado ou semiautomático, que trabalha com a embreagem e os discos do câmbio manual (mas, não tem pedal), com o conforto da troca de marchas como no câmbio automático.
De acordo com o mecânico Claudinei Santos, os sistemas de transmissão e mapeamento eletrônico variam de cada montadora, que cria o seu próprio por meio de estudos teóricos e práticos pela sua equipe de engenheiros. “Existem algumas nomenclaturas dos câmbios semi-automáticos, como: a marca GM usa a transmissão automatizada Easytrônic; a VW utiliza a transmissão automatizada I-motion e a DSG (dupla embreagem molhada); a Fiat usa a transmissão automatizada Dualogic; já a Ford usa a transmissão automatizada Powershifit (dupla embreagem seca)”, indica ele.
Um módulo eletrônico, que comanda os blocos de acionamentos da(s) embreagem(ns) é formado pelos seguintes componentes: blocos de pressão, blocos de mudança e bloco mecânico. “Eles são as engrenagens e os componentes mecânicos necessários para efetuarem a transferência do torque gerado pelo motor para as rodas, provocando, assim, o deslocamento do veículo”, explica o especialista.
Como existem diversos modelos e versões disponíveis no mercado, o profissional afirma que cada alavanca tem uma configuração diferente. “Basicamente, a alavanca na posição ‘N’ significa neutro; em ‘R’, significa engrenar marcha ré; ‘D’ engrena a marcha driver, ou seja, nesta posição, o veículo já engata a 1ª marcha e, conforme a velocidade vai aumentando, a transmissão vai engatando as marchas automaticamente sem a necessidade da intervenção do condutor”, detalha.
“Sendo assim, ao selecionar a posição ‘M’, as mudanças serão efetuadas pelo condutor, em que “+” engata marchas ascendentes e “-“ engata marchas descendentes. Mas, não se preocupe: mudanças não permitidas não são aceitas, o módulo não executa tais comandos”, acrescenta Claudinei.
Alguns modelos de carros mais novos com câmbio automatizado têm a posição ‘S’, que são para situações esportivas. “Nesse caso, as marchas mudam também automaticamente, porém, com um giro do motor bem mais alto”, informa o especialista.
Além disso, alguns modelos têm a posição ‘P’ para usar somente quando o veículo estiver parado e seguro apenas pelo freio de estacionamento; dessa forma, não é preciso puxar o freio de mão.
Uma dica na hora de dirigir um veículo automatizado e evitar trancos fortes é tirar o pé do acelerador na hora das mudanças de marchas. Dessa maneira, as trocas ficam mais suaves.
A respeito dos gastos, o mecânico ressalta que “gastos” com esse câmbio devem ser vistos como investimentos. “O investimento em qualquer transmissão automatizada vale cada centavo, por causa da maior segurança e conforto que oferecem. Fazendo sua manutenção preventiva periodicamente, o motorista não terá muita dor de cabeça e nem imprevistos”, aconselha ele. Inclusive, o custo de um câmbio semiautomático é bem menor que o automático, principalmente, quando é preciso fazer alguma manutenção em seu sistema.
É claro que, antes de adquirir e escolher um carro com esse tipo de câmbio, é interessante fazer um test drive para verificar se o motorista se adapta com um tipo diferente de sistema, para que isso não se torne um prejuízo e um arrependimento no futuro.