CAMP 50 anos: instituição completa meio século ajudando jovens cosmopolenses

Desde sua fundação, o Círculo de Amigos do Menino Patrulheiro tem como principal objetivo direcionar e capacitar jovens para a vida profissional

O Círculo de Amigos do Menino Patrulheiro (CAMP) foi fundado no dia 24 de outubro de 1972 com o intuito de ser uma instituição que pudesse cuidar da formação profissional e educacional dos jovens da cidade, tirando-os dos perigos das ruas. Por meio da iniciativa do Dr. José Marques Barboza, dentista local, um grupo de rotarianos resolveu dar início à instituição sem fins lucrativos, buscando sempre auxiliar jovens em situação de vulnerabilidade no município.
O objetivo principal da instituição sempre foi fornecer orientação pedagógica e encaminhar o jovem ao seu primeiro emprego. A partir dos 12 anos, ele se inscrevia no CAMP e era preparado e encaminhado para a indústria e comércio da cidade. Para fazer a inscrição, era necessário apenas estar matriculado na escola. Ao longo do tempo, esse quadro foi sofrendo modificações. No início, eram aceitos apenas meninos de 12 a 18 anos, e as meninas só passaram a ser incluídas a partir de 1988. Ao final dos anos 90, os jovens passaram a ter carteira registrada e direitos trabalhistas garantidos. Em 2000, o Ministério do Trabalho e Emprego criou a Lei do Jovem Aprendiz, que normalizou o trabalho de menores. A lei passou a obrigar empresas a comporem seu quadro de funcionários com 5% a 15% de aprendizes, com os contratos destes não podendo exceder 2 anos.
O CAMP é administrado por uma Diretoria composta por 6 integrantes, e mais um conselho fiscal com 5 elementos. A instituição fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A equipe é formada por uma Assistente Social, uma Psicóloga, uma Coordenadora Pedagógica, uma Assistente Administrativa e um Coordenador de Projetos, que atuam diretamente com os jovens, a fim de capacitá-los ao máximo para ingressarem com sucesso em suas carreiras.
Em todos os anos, são abertas novas vagas para o CAMP, e são recebidas, em média, 250 inscrições. Após um processo seletivo, os jovens podem, enfim, passar pela preparação e serem encaminhados às empresas.
Atualmente, Gustavo Fernandes é o presidente da entidade.

Uma longa vida, uma bela história
“História que não se conta em papel, história que não se pauta em livros. História que só se conta pelos semblantes daqueles que fizeram parte dela. Pela felicidade de ter iniciado uma vida de valores através desta Associação.
Quanto e quantos jovens que fizeram parte dessa história não teriam as oportunidades que a vida lhe ofereceu… Quantos vencedores.
Hoje em seu cinquentenário temos que homenagear aqueles que criaram esta Associação baseada em princípios e valores, visando única e exclusivamente o fortalecimento do jovem cosmopolense juntamente com sua família.
Homenagear os cidadãos que, com os mesmos valores, sempre trabalharam para o fortalecimento da Associação. Homenagear as Empresas que confiaram nos bons princípios e na seriedade da associação.
Homenagear a população cosmopolense pela confiança com que entregaram seus filhos aqui na esperança de dias melhores para eles… Não se arrependeram.
Homenagear os profissionais que não medem esforços e dedicação para atingir os propósitos que a Associação busca.
Parabéns ao CAMP pelos cinquenta anos de vida, parabéns a todos que fizeram e fazem parte dessa história.
Parabéns, Cosmópolis por ter uma Associação séria e que jamais abandonou seus princípios.
E que outros cinquenta anos venham coroar ainda mais esta Associação”.
(Discurso do Coordenador de projetos do CAMP, Antonio Joel Otaviano, durante a cerimônia de 50 anos do CAMP)
O Círculo de Amigos do Menino Patrulheiro fica na Rua Santa Gertrudes, nº. 1734 – Bela Vista. O telefone é 19 3872 6752.

Darci Elias Ex-Patrulheiro que compôs a primeira turma

Primeira turma
Darci Elias, de 64 anos, conta que estava presente na primeira turma de patrulheiros. “Tínhamos aulas de marcha e física com o Cabo Benedito Xavier”. Darci fala que seu primeiro emprego, através da entidade, foi no Supermercado Irmãos Trevenzolli, como pacoteiro. “O CAMP foi uma escola para mim, com relação a educação, responsabilidade e respeito ao próximo. Tanto que fiquei lá até 1975”, finaliza Darci.