Subsídio traz iniciativas que fortalecem objetivos da Campanha
Buscando alertar para o cuidado da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, a Campanha da Fraternidade 2017 teve início em todo o país no dia 1º de março. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”, a iniciativa traz uma reflexão sobre o meio ambiente e sugere uma visão global das expressões da vida e dos dons da criação.
Com o objetivo de ajudar às famílias, comunidades e pessoas de boa vontade a vivenciarem a iniciativa, o texto-base da CF aponta uma série de atividades que ajudarão a colocar em prática as propostas incentivadas pela Campanha. Além disso, ele também propõe ações de caráter geral, que indicam a necessidade da conversão pessoal e social, dos cristãos e não cristãos, para cultivar e cuidar da criação.
Como exemplo dessas ações estão o aprofundamento de estudos, debates, seminários e celebrações nas escolas públicas e privadas sobre a temática abordada pela CF. O fortalecimento das redes e articulações, em todos os níveis, também é proposto com o objetivo de suscitar uma nova consciência e novas práticas na defesa dos ambientes essenciais à vida. Além disso, o subsídio chama atenção ainda para a necessidade de a população defender o desmatamento zero para todos os biomas e sua composição florestal.
Já no campo político, o texto-base da CF incentiva a criação de um Projeto de Lei que impeça o uso de agrotóxicos. O livro também indica que combater a corrupção é um modo especial para se evitar processos licitatórios fraudulentos, especialmente, em relação às enchentes e secas que acabam sendo mecanismos de exploração e desvio de recursos públicos.
Tendo em vista as formas de ‘agir’ propostas no texto-base da CF 2017, a CNBB destaca que é importante que cada comunidade, a partir do bioma em que vive e em relação com os povos originários desses biomas, faça o discernimento de quais ações são possíveis, e entre elas quais são as mais importantes e de impacto mais positivo e duradouro.
“A criação é obra amorosa de Deus confiada a Seus filhos e filhas. Nossa Senhora Mãe de Deus e dos homens acompanhará as comunidades e famílias no caminho do cuidado e cultivo da casa comum no tempo quaresmal”, afirma o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Conferência Nacional de Bispos do Brasil – CNBB
Em Cosmópolis
Em pelo menos duas paróquias do município, os fieis são realmente adeptos à Campanha que visa alcançar todas as religiões em um bem comum.
O pároco da Igreja São Benedito, Padre Ricardo Araujo, comenta que todos os anos a Campanha visa alcançar o maior número de pessoas, tanto dentro quanto fora da igreja. “De forma ecumênica, tentamos conscientizar as pessoas a prezarem pelo bem-estar de todos. Mesmo assim, consideramos que a igreja, nesta época, é muito mais frequentada e as missas permanecem mais lotadas. Acredito que, nesta época, também há muito do ‘medo’ após as festas de carnaval; o que não deveria. Deus não é um Deus que castiga, são as consequências das nossas próprias escolhas que, algumas vezes, trazem experiências ruins. De qualquer forma, esta é uma época de resguardo, de proximidade com Deus, de extrair os exageros. No carnaval, há fantasias e máscaras; estes quarenta dias são tempo de baixá-las, escondê-las, tempo de comunhão”.
O novo padre da Igreja Nossa Senhora Aparecida, Padre Antonio Ramildo Marques da Silva, também afirma que “Este ano, mais uma vez, a Campanha parte na direção ecumênica, aproveitando a ecologia. Querendo fazer com que a população, não somente a parcela católica, mas, todos aqueles que têm acesso ao conteúdo da campanha manifestem uma certa preocupação com o meio ambiente e com o mundo em que todos nós habitamos”, finalizou.