Câncer de mama afeta cerca de 28% das mulheres no Brasil, segundo INCA

O mês de outubro é marcado pela campanha nacional Outubro Rosa, que visa compartilhar informações sobre o câncer de mama, promovendo a conscientização sobre a doença e contribuindo para a redução do câncer.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, que corresponde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Especificamente no Brasil, esse percentual é um pouco mais elevado e chega a 28,1%.
O ginecologista Cláudio Márcio Dantas explica que o câncer de mama é causado pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. “Ele é uma neoplasia, ou seja, um tumor maligno, da mama. Pode também acometer os homens, porém, é raro, correspondendo apenas a 1% do total de casos da doença”.

Cláudio Márcio Dantas
Ginecologista
CRM 72958
Atende na Materclin – Rua Francisco de Mário, 748
Telefone: 3872-3722

A doença não tem somente uma causa, mas, a idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença. “A idade de maior incidência do câncer é após os 50 anos, mas, pode surgir em pacientes mais jovens, sendo pouco frequente abaixo dos 35 anos”, esclarece o ginecologista Cláudio.
Sintomas
O ginecologista explica alguns sintomas mais comuns do câncer de mama que são: o aparecimento de nódulos mamários irregulares e endurecidos, alteração da pele da mama, com surgimento de hiperemia (vermelhidão local), pele com aspecto de casca de laranja e descarga papilar (secreção pelo mamilo com sangue) e alteração do mamilo (inversão do mesmo).
De acordo com o INCA, as mulheres devem observar as mamas sempre que se sentirem confortáveis, sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Prevenção
A prevenção do câncer de mama é feita através do exame da mamografia, que é o exame mais indicado para fazer o rastreamento de lesões iniciais da doença.
Segundo o médico Cláudio, o histórico familiar de câncer de mama é um importante fator de risco, principalmente, em pares de primeiro grau e, por isso, devem começar a fazer o acompanhamento diferenciado, iniciando as mamografias mais cedo e com intervalos menores.
As mulheres que não têm esse fator de risco podem começar aos 40 anos e repetir a cada dois anos até os 50 anos. A partir dessa idade, os controles são anuais. “Pode ser complementada sempre que necessária pela ultrassonografia, ressonância magnética e outros em casos específicos, e complementados com biópsia nos casos indicados”.
Antes dos 40 anos, as mulheres também podem se prevenir fazendo o auto-exame, como forma de conhecer a mama e perceber alterações que devem ser investigadas através de avaliação pelo ginecologista ou mastologista, que vão individualizar os exames de acordo com o perfil da paciente.
Nos estágios iniciais, com tumores pequenos, o diagnóstico é feito através dos exames de rastreamento, como a mamografia e a ecografia mamária.
De acordo com o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis. “A alimentação saudável, evitar obesidade e sobrepreso, prática de atividade física regular, não ingerir bebidas alcoólicas conseguem reduzir o risco de desenvolver a doença. Estimular a amamentação também é importante fator de proteção”, explica.

Tratamento
O tratamento do câncer de mama é baseado na cirurgia que, dependendo do estágio da doença, pode ser conservadora, com retirada apenas do tumor em casos iniciais e, em casos indicados, a mastectomia, ou seja, retirada da mama.
Após a cirurgia e sendo determinados por avaliação médica, teriam os acompanhamentos de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.